quinta-feira, julho 29, 2021

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O sermão de Domingo passado, chamado "Sem a Bíblia nas veias estamos fora de jogo", pode ser ouvido aqui (ou no Spotify).

terça-feira, julho 27, 2021

Tudo é clickbait

Os homens da Lapa leram há uns meses o livro do Eclesiastes. Uma das suas lições é que tudo é clickbait. Não há rigorosamente nada nesta vida que seja novo. Logo, se alguma coisa nova nos parece, vamos a caminho de uma desilusão. O conselho do Pregador, o autor do Eclesiastes, é vivermos cientes de que, se embarcamos na suposta originalidade das coisas, acabaremos peças banais da engrenagem da vaidade global.

A ideia mais esperançosa do Eclesiastes é também a mais assustadora: vivamos o melhor que existe tendo em conta que prestaremos contas a Deus. O conforto é o confronto. O cínico arma-se em proprietário do Eclesiastes mas regressa de mãos a abanar porque, no livro, não faz sentido não encontrar sentido—até esse truque é velho e vão. Se vamos prestar contas a Deus no fim, esse é o sentido de todas as coisas, mesmo quando elas parecem pouco tê-lo.

A festa maior do livro do Eclesiastes é quando a festa é interrompida, mas isso só é assim porque, falando acerca da existência (um dos reais objectivos do texto é resumir o que é existir), ela é melhor apresentada em luto do que em ludo. É por isso que os cristãos crêem que o evento que resolve é o da cruz. Sendo que agora o luto real pelo Calvário é preciosamente sufixado pela ressurreição: tudo na vida tem luto, é certo, mas há uma vida além dele.

Pelo facto de a vida de Cristo não fugir ao “tudo é vaidade” (como a nossa quer fugir, iludindo-nos a nós próprios que poderemos viver algo genuinamente novo) e, pelo contrário, sofrer as consequências do “tudo é vaidade” como nenhuma outra vida antes sofreu (porque pela primeira vez a experiência do vazio não pertenceu apenas às criaturas mas também ao Criador, Trindade divina eterna, que se dá a experimentar o mal na história que a cruz é), Cristo na ressurreição pode mostrar que nem “tudo é vaidade” porque a morte que matava essa vaidade morreu também. Sei que foi uma frase longa mas o que está em causa é: tudo é vaidade até Cristo ser mais do que tudo.

Um dos paradoxos do cristão é que ele é o menos surpreendido de todos (nesta vida tudo é clickbait, enfim) ao mesmo tempo de que, tendo a morte morrido em Cristo, está disponível para por tudo ser surpreendido (nesta vida tudo pode ter vida nova!). Em termos práticos, isso faz com que os cristãos e os outros andem de candeias às avessas. O mundo segue a última tendência e o cristão, feito desmancha-prazeres, diz: “seca…” (no Brasil poderia ser “saco…”, certo?). O mundo teima numa certeza absoluta e o cristão, feito idealista, diz: “nunca se sabe o que pode acontecer…” Ler o Eclesiastes troca-nos abençoadamente as voltas.

Amar Jesus é sangrar Bíblia

sexta-feira, julho 16, 2021

Dickens

Este é o vídeo da canção nova dos Lacraus que se chama "Dickens" porque o Charles Dickens nos dá vida nova. O disco dos Lacraus chamar-se-á também "Dickens" porque o Charles Dickens nos dá vida nova. Nós gostamos de usar o Dickens ao peito porque o Charles Dickens nos dá vida nova (já podem comprar a t-shirt).

quarta-feira, julho 14, 2021

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O sermão de Domingo passado, chamado "Confias mesmo que Cristo está contigo?", pode ser ouvido aqui (ou no Spotify).

terça-feira, julho 13, 2021

O prazer de dizer às pessoas "vais morrer!"

quinta-feira, julho 08, 2021

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O sermão de Domingo passado, chamado "O amor de Deus só é uma boa notícia para quem antes o odiou", pode ser ouvido aqui (ou no Spotify).

quarta-feira, julho 07, 2021

É melhor um ateu do que alguém com uma relação com Deus