Manias
O meu amigo Jorge, a minha irmã e o Alexandre Soares Silva (uma das minhas musas blogosféricas) sentenciaram-me a revelar cinco manias. Já foi há algum tempo. Tive de reflectir bastante.
1 - Urino frequentemente sentado. Faz parte do meu lado feminino. Como uma coisa não impede a outra, preservo a homofobia. Há pessoas que não compreendem que sem homofobia a homossexualidade não tem piada alguma. É divertido arrepiar a heterossexulidade alheia. Só para chatear. Ser maricas antes de ser um traço de carácter é uma expressão de recreio. Por enquanto o mais longe que vou é urinar sentado.
2 - Um dia gostava de dormir numa auto-caravana estacionada na rua. Não sei se no meu subconsciente a coisa assume contornos de conquista viril ou de simples frugalidade campestre. A minha esposa não compreende isto e receia que seja algo que polua a nossa felicidade conjugal. Devia ter-me casado com uma cigana.
3 - No carro não ouço CDs originais. Só cópias. Abro excepções quando compro um disco novo em trânsito (ainda ontem troquei a cópia que rodava do "Kaya" do Bob Marley pelo quarto álbum dos Led Zeppelin, obtido a sete euros e noventa e nove cêntimos no Carrefour de Oeiras).
4 - Não confio em casas sem gatos. E educo a minha filha neste pressuposto: uma pessoa que não alberga felinos no seu domicílio revela um desprezo pelo relato do Génesis que não é compatível com a nossa amizade. Na vida um homem serve para multiplicar-se e dar nomes aos animais. Gente que não tem filhos, ainda vá lá. Gente sem gatos (como presença simbólica da bicharada do Éden), nem pensar.
5 - Fazer conversa de situação. Eu tenho grande facilidade em ter conversas absolutamente desprovidas de interesse apenas para ocupar o tempo, transpôr constragimentos sociais, ou limitar-me a ser simpático. Prefiro a simpatia à cultura. Por isso nunca me aceitaram muito bem na Cinemateca. A afabilidade é a literacia dos iletrados e eu cresci na Amadora. Não imaginam o tempo que consigo gastar no tópico mais desinteressante. Resistência. Endurance. Tudo em prol de uma ideia de multiculturalismo e roque de civilizações. No fundo, no fundo, sou de esquerda.
Passo esta coisa:
- ao Paulo Ribeiro da Deusa do Lar
- à Nibelunga do cabelo duro
- ao Pedro Mexia
- ao Rais-ta-parta (que me deve responder em ilustrações)
- e ao maradona.
O meu amigo Jorge, a minha irmã e o Alexandre Soares Silva (uma das minhas musas blogosféricas) sentenciaram-me a revelar cinco manias. Já foi há algum tempo. Tive de reflectir bastante.
1 - Urino frequentemente sentado. Faz parte do meu lado feminino. Como uma coisa não impede a outra, preservo a homofobia. Há pessoas que não compreendem que sem homofobia a homossexualidade não tem piada alguma. É divertido arrepiar a heterossexulidade alheia. Só para chatear. Ser maricas antes de ser um traço de carácter é uma expressão de recreio. Por enquanto o mais longe que vou é urinar sentado.
2 - Um dia gostava de dormir numa auto-caravana estacionada na rua. Não sei se no meu subconsciente a coisa assume contornos de conquista viril ou de simples frugalidade campestre. A minha esposa não compreende isto e receia que seja algo que polua a nossa felicidade conjugal. Devia ter-me casado com uma cigana.
3 - No carro não ouço CDs originais. Só cópias. Abro excepções quando compro um disco novo em trânsito (ainda ontem troquei a cópia que rodava do "Kaya" do Bob Marley pelo quarto álbum dos Led Zeppelin, obtido a sete euros e noventa e nove cêntimos no Carrefour de Oeiras).
4 - Não confio em casas sem gatos. E educo a minha filha neste pressuposto: uma pessoa que não alberga felinos no seu domicílio revela um desprezo pelo relato do Génesis que não é compatível com a nossa amizade. Na vida um homem serve para multiplicar-se e dar nomes aos animais. Gente que não tem filhos, ainda vá lá. Gente sem gatos (como presença simbólica da bicharada do Éden), nem pensar.
5 - Fazer conversa de situação. Eu tenho grande facilidade em ter conversas absolutamente desprovidas de interesse apenas para ocupar o tempo, transpôr constragimentos sociais, ou limitar-me a ser simpático. Prefiro a simpatia à cultura. Por isso nunca me aceitaram muito bem na Cinemateca. A afabilidade é a literacia dos iletrados e eu cresci na Amadora. Não imaginam o tempo que consigo gastar no tópico mais desinteressante. Resistência. Endurance. Tudo em prol de uma ideia de multiculturalismo e roque de civilizações. No fundo, no fundo, sou de esquerda.
Passo esta coisa:
- ao Paulo Ribeiro da Deusa do Lar
- à Nibelunga do cabelo duro
- ao Pedro Mexia
- ao Rais-ta-parta (que me deve responder em ilustrações)
- e ao maradona.