sexta-feira, novembro 28, 2008

Projecto de vida
Moralismo com mosh parts.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Entretanto já há um novo cartaz aí ao lado
O do evento musical do ano. A cinco euros. Já se podem comprar bilhetes na Ticketline, Fnacs e companhia. Até lá tenho tempo para me pôr bom. Espero.

O trabalho é do José Feitor. Belo. Belíssimo.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Doente na cama
Sou forçado a cancelar o concerto em Aveiro (aí ao lado nesse cartaz janota).
Trinta e nove
De febre.

terça-feira, novembro 25, 2008

Intactos
E já que andamos numa de vozes proféticas do catolicismo vale a pena citar Cristina Campo, no recentemente editado "Sob Um Falso Nome":

"Thomas Mann («o grande poeta da família») alterna, num semanário de moda feminina, com Marcel Proust («que morreu jovem com cinquenta e seis anos») e com Franz Kafka («obediente como uma criança, é o profeta alucinado do nosso tempo»). Mas os mártires silenciosos continuam intactos nas nossas estantes."

segunda-feira, novembro 24, 2008

Chesterton
É o ano dos 100 anos do "The Man Who Was Thursday" e é o ano dos 100 anos da "Ortodoxia" que acaba de chegar às Livrarias pela Aletheia. Vale a pena ir lendo o Chesterton em doses bloguísticas aqui.

sexta-feira, novembro 21, 2008

E quem é que hoje está na capa do Ípsilon?
A Dona Hermínia e mais uns quantos. Ide. Ide.



E amanhã não se esqueçam da Palestra sobre o Martinho Lutero em S. Domingos de Benfica com o Pedro Lomba e o Jorge Sobrado. Às 19h na Igreja Baptista de S. Domingos de Benfica (junto ao Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa).

quinta-feira, novembro 20, 2008

Hoje
Todos ao Frágil. E a horas que agora o Bairro fecha às duas (ainda bem).

quarta-feira, novembro 19, 2008

No leitor de mp3
- El Guinho com "Alegranza": um Panda Bear gone Ibiza. O que falta em angústia protestante sobra em recreação mediterrânica.
- "Comicopera" do Robert Wyatt: já me devia ter posto nisto há mais. O homem é entrevado, de esquerda e faz música áspera. Me gusta.
- O último do Seasick Steve: these daze white is the new black, no que ao Blues diz respeito.
- Os discos dos High Places: ânimos altos, indeed, ânimos altos. Mas é preciso começar a ter calma com Brooklyn. Tenham calma. Tenham calma.
- "Southern Accents" do Tom Petty: não é dos melhores (nem por sombras) mas o Petty reina sobre todo e FM e restante firmamento. O sul acabará inevitavelmente por raiar again.

Ah! "A Inundação da Rua Augusta" é uma linda canção que já anda a passar em algumas rádios. O We Are The World retorcido da FlorCaveira. Janota, não?

terça-feira, novembro 18, 2008

O Dylan não levará a mal
Entre a versão original do "Million Dollar Bash" nas Basement Tapes e a dos Fairport Convention no Unhalfbricking as três criaturas do banco de trás preferem a última. E o Papá também.

segunda-feira, novembro 17, 2008

Ainda hoje é segunda
E já se perspectiva o fim-de-semana.

A não perder.

sexta-feira, novembro 14, 2008

Da raiva e da costumeira dose de depreciação sobre a Europa

Em "Rabid" de David Cronenberg é sobretudo inesperado olharmos para o Canadá como lugar de infestação de um vírus assassino. É óbvio que Montreal nunca acolheria uma doença que não fosse civilizada. Há exclusivos da América e o Canadá é apenas um semi-enclave europeu by the States. Só os pecadores têm o privilégio das epidemias. O Canadá e a Europa são, nesse sentido, lugares de suspensão teleológica. A vida faz-se sem Deus e sem Diabo.
De resto, "Rabid" é um filme em que em vez de beijos as pessoas trocam mordidelas. Ao atingir o ponto de insustentabilidade social os méritos são entregues de bandeja à transcendência. Como se sabe, boa parte do cinema de Terror é catequese actualizada.

quinta-feira, novembro 13, 2008

Sei que já começa a enjoar
Mas um homem tem de fazer pela vida. Hoje na Antena 3 às 22h estou à conversa com o Henrique Amaro sobre as canções antes do último disco, IV. Começa com um hardcore me'mo da velha guarda (Bible Toons representin'), segue pelas primeiras gravações a solo no 4 pistas, passa pelo "Queluz Está A Arder", raspa nos Ninivitas e culmina nos Lacraus. Ainda aproveito para dizer mal do Blitz e mandar uma boca ao Manuel Halpern, que me fez uma crítica pedestre no Jornal de Letras (pá, fica sabendo que se quisesse já tinha reviewzado o teu último livro que ele bem anda lá na prateleira da Ler - julgas que isto é só roque? Isto é literatura, muadiê, isto é literatura).

quarta-feira, novembro 12, 2008

Estive
À conversa com o Fernando Alvim e com o Nuno Markl aqui (e a segunda hora aqui).

terça-feira, novembro 11, 2008

Tardio
Esse dia tenebroso chegou. Em que admitimos após a audição destes quatro discos que é impossível não admirar Caetano Veloso.





Existem preciosas reedições deles à venda em qualquer Fnac.

segunda-feira, novembro 10, 2008

Stage-diving
O Telejornal encaixou-me entre o Tony Carreira e a Rua Sésamo. Cheio do Espírito e com o subsídio do Elvis e do Johnny Cash. Conferir aqui aos 4 minutos e 50 segundos.

sexta-feira, novembro 07, 2008

A Rute
Conheci a Rute num casting para a "Luz das Nações" (o programa evangélico do Canal 2). Acusava os nervos mas sobretudo mostrava empenho e vontade de trabalhar em televisão. Meses depois já apresentava o programa. No Dia do Evangélico, com o Pavilhão Atlântico cheio, a Rute, que na altura assinava Alves e não Cruz, andava de um lado para o outro a entrevistar pessoas e as pessoas olhavam para ela. Alta, elegante, prontíssima. Ao estarmos ao lado dela sentíamo-nos também o centro das atenções.
Deus levou a Rute e Deus guarda-a agora.


quinta-feira, novembro 06, 2008

Já está nas bancas a Revista Ler
Onde escrevo sobre o "Grande Livro dos Portugueses Esquecidos". It goes like this:

"Todos os países precisam de Heróis. Nós, que os temos no Hino, tanto os cantamos que os esquecemos. A pertinência de um volume como este “Grande Livro dos Portugueses Esquecidos” inscreve-se nesta tradição de nação melodiosa mas amnésica. Scolari, que terá aprendido a rima dos egrégios avós, saiu para Inglaterra de certeza a ignorar quem foi, por exemplo, Pedro Hispano.
Pedro Hispano, dos menos obscuros referidos no livro de Joaquim Fernandes, foi, como a maior parte dos leitores sabe, Papa. O que em termos de portugalidade ganha dupla impacto: o primeiro e último. Em Roma tornou-se João XXI. Mas antes já era médico, filósofo e matemático. Isto no início do Século XIII quando o impulso da autonomia vimaranense ainda era fresco. Apetece afirmar que se num período pouco superior a 50 anos da nossa História conseguimos um Rei fundador e um Papa a partir daí foi sempre a descer.
"

E, depois, continua.



O MEC é mais bonito agora que envelhece.

quarta-feira, novembro 05, 2008

Elogios
É bom receber elogios do João Lisboa. Melhor só o convite para ser amigo da Marisa Monte, via Myspace. Brasil, sou todo vosso (perdoem-me o excesso mas ando num Padre António Vieira mood).

terça-feira, novembro 04, 2008

Ganhar ou não não é a questão


Até porque a nossa alma já é dada por perdida na Europa. O peso que nos tiram dos ombros.

Como diria o grande Robert Duvall: "As far as I'm concerned, we've got to keep this guy [Barack Obama] out of the White House."

segunda-feira, novembro 03, 2008

Sisudez is the new gag
Será difícil responder ao Maradona e à Carla, pelo menos à altura da inteligência que lhes foi dada. Tento. Falava que o humor é sobrevalorizado: este é o tema central daquele post. I stand by my words. O humor é sobrevalorizado. Há coisas mais importantes que o humor. Esta sobrevalorização do humor relaciona-se, parece-me óbvio, com a subvalorização de outras qualidades, complicadas hoje de valorizar. Nesse sentido, é natural que invoque coisas como a tristeza para atenuar o deslumbramento actual com o humor. E esta era outra interessante e longa conversa: a definição de tristeza. Parece-me que o Maradona peca por atribuir pouco importância àquilo que a tristeza pode ser. O exemplo do sketch da Rainha Santa Isabel é promissor. Mesmo sendo protestante, e por isso não possuo afinidades emocionais com a senhora, creio que optar pelo génio humorístico do Herman e do MEC regardless das circunstâncias é revelador da sedução instantânea do humor perante outros valores. Entre o Herman, o MEC e a Rainha Isabel (para os protestantes não existem esse tipo de santos, relembrem) inclino-me imediatamente para a monarca. Tenham paciência: o MEC é o máximo e o Herman já o foi também, mas quem pode contra o poder de uma mulher com uma coroa e, ainda por cima, virtuosa?
Não disse que recolho piadas quando elas entristecem. Até porque para pregadores há uma tradição de piadas que necessariamente devem entristecer os pecadores à volta (é abrir a Bíblia e ler as piadas frequentemente entristecedoras de Jesus). Creio sim que o humor é, novamente, overrated nessa coisa do fazer pensar. Só o podemos fazer com um sorriso nos lábios? Eu, que pedincho por mais almoços na presença do Maradona, acredito num Maradona para além da piada. E é aqui que gostaria de terminar: o Maradona subestima o poder fracturante e divisor da verdade nestas matéria do humor, parece-me. Não houvesse verdade nos textos do Maradona e todos faríamos o downgrade para essa vasta galáxia de blogues do engraçadismo, como diria Pacheco Pereira (há santidade nos textos do Maradona, sempre disse).
A Carla pergunta: "Como argumento que as pessoas que mais se ofendem são muitas vezes as menos tolerantes e as mais manipuladoras?" Nada disso me espanta. Espanta-me que a intolerância e a manipulação sejam necessariamente ostracizadas a favor da tolerância e da não-manipulação. Sou saudável e naturalmente intolerante e manipulador nas coisas em que mais creio. Numa medida, ainda assim, muito mais insignificante comparada com a intocabilidade do humor como valor supremo nestes dias. Disponhamos um terço do tempo que dedicamos à piada a averiguar o que poderá ser a tristeza dos outros. Uma mera questão de equidade cronométrica. Onde precisarei de mais esclarecimentos é nessa referência do "adiantar", uma palavra que me assusta por me parecer demasiado hegeliana (mais exigente ainda que falar em valores mais importantes).
Se me falta a graça dos homens, que me console a divina (perdoem-me o excesso mas ando num Padre António Vieira mood).