No leitor de MP3- Fleet Foxes, o primeiro EP e o álbum seguinte: talvez ninguém esperasse que esta década nos trouxesse simultânea paixão pelo canto harmónico (vozes, vozes e mais vozes todas juntinhas a cantar afinado) e pelo ruído. Os Fleet Foxes optam pelo primeiro caminho. Virem de Seattle (poderá nesta década vir alguma coisa boa de Seattle?) é uma provação vencida e o travo medieval surpreende. Esqueçam os Manowar. O sangue escorre agora destas espadas.
- The Cool Kids, o EP: se é verdade que os brancos se africanizam também é justo afirmar que há pretos a caminho da caucasianização (veja-se o caso de Lightspeed Champion). O regresso do Hip-Hop ao old school é sobretudo aprovado pela música independente por natureza branca. E se nos Estados Unidos a relação está equilibrada (porque o rap comercial ainda respira) já em Portugal é trágico que o melhor seja feito por um pula (Sam, The Kid, naturalmente).
- Cansei de Ser Sexy, o último: tenham paciência mas a graça das meninas (sim, meninas) era ultra-localizada e estava nas cantigas em português. Exotismo sazonal e uma miúda roliça descarada. Nada as distingue agora de outro electro-requentamento. A capa é, todavia, muito boa.