Dar música
Ano abençoado. Em Janeiro acreditei que 2008 poderia ser "Ano Guillul". Quem não gosta de se armar em Mourinho?
Mais concertos, mais gente nos concertos, mais gente a falar sobre os concertos e, pela primeira vez na vida em quase 10 anos de edição artesanal de discos, um número esgotado. Ainda mais inédito, e após esses 500 despachados, um disco nas lojas (basicamente Fnac). Claro que se vendem poucos discos e estávamos fritos se acreditássemos no consumo cultural (pelo parte que me toca I couldn't care less about esse tipo de consumo cultural). Mas é irónico encontrar a cara em posters promocionais no lugar onde há 5 anos abandonei à socapa na prateleira do fado um exemplar da edição de autor em que tinha investido o meu primeiro salário (história verdadeira).
A respeitabilidade crítica, ora aí está o demónio que Satanás me encomendou. Num minuto estamos a dar todas as entrevistas que nos pedem e a falar com jornalistas como se fossem velhos amigos. Depois lemos a edição final impressa e recordamo-nos com remorsos de João Baptista.
Mas há uma porta que se abriu para outros. O Sami, os Pontos Negros (aos ombros dos quais me encavalitei também), o Guel, o Coração, o Fachada e o Fúria são a música nacional mais excitante. Deus nos dê a humildade de saber aproveitar as oportunidades.
Foi um ano muito americano, alright. Matéria fantástica. Dois mil e nove será tão bom ou melhor, querendo o Senhor. Vou cantar menos e pregar mais. E isso, sim, é o que realmente interessa.
Prompte Et Sincere In Opere Domini.
Ano abençoado. Em Janeiro acreditei que 2008 poderia ser "Ano Guillul". Quem não gosta de se armar em Mourinho?
Mais concertos, mais gente nos concertos, mais gente a falar sobre os concertos e, pela primeira vez na vida em quase 10 anos de edição artesanal de discos, um número esgotado. Ainda mais inédito, e após esses 500 despachados, um disco nas lojas (basicamente Fnac). Claro que se vendem poucos discos e estávamos fritos se acreditássemos no consumo cultural (pelo parte que me toca I couldn't care less about esse tipo de consumo cultural). Mas é irónico encontrar a cara em posters promocionais no lugar onde há 5 anos abandonei à socapa na prateleira do fado um exemplar da edição de autor em que tinha investido o meu primeiro salário (história verdadeira).
A respeitabilidade crítica, ora aí está o demónio que Satanás me encomendou. Num minuto estamos a dar todas as entrevistas que nos pedem e a falar com jornalistas como se fossem velhos amigos. Depois lemos a edição final impressa e recordamo-nos com remorsos de João Baptista.
Mas há uma porta que se abriu para outros. O Sami, os Pontos Negros (aos ombros dos quais me encavalitei também), o Guel, o Coração, o Fachada e o Fúria são a música nacional mais excitante. Deus nos dê a humildade de saber aproveitar as oportunidades.
Foi um ano muito americano, alright. Matéria fantástica. Dois mil e nove será tão bom ou melhor, querendo o Senhor. Vou cantar menos e pregar mais. E isso, sim, é o que realmente interessa.
Prompte Et Sincere In Opere Domini.