Um dia musicalmente históricoChamemos-lhe uma lança em África. Poupemos humildades porque com o roque-enrole não dá. Hoje o meu videoclip do "Beijas como uma Freira" (que já aqui deixei) passa na Émetivi. Vou repetir. Aquele videoclip que vocês viram vai passar na MTV. É verdade que vai ser só duas vezes, confortavelmente contextualizado num programa de novidades, mas é o teledisco que se gravou na linha do comboiozinho da Costa da Caparica, nos destroços do Baptista Russo (uma vergonha política, o que vos digo!), clandestinamente nos Jardins do Marquês em Oeiras (onde espalhámos bananas pelo Poseidon e pelo Camões) e das Colónias e pelos restantes espaços verdejantes de Belém comigo armado em Variações de segunda categoria. Eu não estou a salvar coisa nenhuma mas deixem-me dizer o que a música portuguesa precisa: óculos de sol e um bocadinho de ilegalidade (só um bocadinho).
Houve uma primeira versão da coisa que passava mais de metade do tempo de tronco nu mas acobardei-me. Antevi chegar algum visitante à Igreja em S. Domingos e confessar jocosamente: "Ah, eu já o conhecia daquele videoclip onde ginga em cima de uns carris na praia!". Aliás, isso até me faz pensar que mais dia menos dia vou ter de deixar o roque. A estes miúdos novos e assim.
Para pena minha à hora que passa o programa, 21.30h, estou na Reunião de Estudo Bíblico e Oração em Moscavide. Alguém que grave para o DVD a coisa inteira e depois apite
O vosso,
Tiago Guillul.