Fala com ela
Podem ouvir aqui a generosidade da Inês Meneses comigo.

Avulsos sobre o sermão de próximo Domingo
Por um lado, ajudar os maus a serem bons e não ainda piores. Por outro, recordar que Jesus chama raposa a Herodes. O cristianismo anda entre o peluche e a trela.

Aquática
Há quase uma semana o DN publicou um texto meu sobre o futuro da música popular. Foi na penúltima página, mesmo debaixo do Manuel Maria Carrilho. Ou não fosse o tema bárbaro (piada fraca, reconheço). Começava assim:

"Antevê-se que a música da próxima década seja aquática. Se ouvirmos com atenção alguns dos melhores discos dos últimos anos, apercebemo-nos de que os sons do mar são o novo heavy metal. Se a reacção mental ao ler isto for a Expo'98, então calma, não é bem isso que se defende (embora a Expo'98 tenha sido fantástica para todos, excepto o eleitorado do Bloco de Esquerda). Neste regresso aos Oceanos, está menos um salto zen que um mergulho lúdico. Salvar o planeta é banal quando refrescarmo-nos na praia se tornou pecado."

O resto aqui.

Da sepultura saiu


Mais uma prova de que para os cristãos a mortalidade é apenas um pormenor.

Tentacular amor materno
Não existisse Pacheco Pereira e a nossa vida democrática era pior. "O dinheiro dos contribuintes e dos munícipes lisboetas de há muito tempo é usado para alimentar as chamadas causas “fracturantes” e os grupos radicais que as suportam, na sua maioria ligados ao Bloco de Esquerda". E assim o Estado, a pretexto de um tolerante cartaz pró-gay, discrimina todos aqueles que não achem indiferente ter uma mãe lésbica.
Tentacular amor materno, o novo advento do totalitarismo ideológico de Esquerda.

Também publicado no Blogue de Direita da Sábado.

Do sermão de próximo Domingo
Quando o Diabo tenta Jesus (aviso: este blogger que vos escreve acredita na existência de Jesus e na existência do Diabo) usa as Escrituras. Mais que uma admoestação para os crentes, uma admoestação para os incrédulos: se é para fazer tremer o santo vai dar jeito conhecer a Bíblia.
O Mestre parece consentir até um certo ponto. Basta. "Não tentarás o Senhor, teu Deus". Põe-te a milhas que o debate teológico acaba mal se finge que o logos aguenta sem o theo.

A passagem está em Lucas 4:1-13.

Um projecto homilético
Sobre um sermão de Jonathan Edwards, o grande pregador puritano americano do Séc. XVIII, Gerald R. McDermott escreve: "Sometime after Edwards had begun to preach, the congregation broke out into a riot, and he was unable to finish". Ou a pregação pede padrões elevados ou de pouco serve.

Rapazes
Na tal First Things de Janeiro Sally Thomas escreve sobre a agressividade dos rapazes: "a desire to commit violence is not the same thing as a desire to commit evil".
A minha paternidade começou com duas doces meninas até chegar um menino. Este pacote concentrado de testosterona transformou o nosso sossegado lar em anarquia. Hoje existem grunhidos, urros, onomatopeias gritadas que não julgava possíveis aos ouvidos humanos. Daí o bálsamo que se retira do artigo.
Viva a First Things!

A quadra da quadra
Qualquer cristão decente
esfrega as mãos de contente
quando se prevê temporal
para os dias de Carnaval.

Já uma tradição deste blogue.

Sábado
Amanhã às 12h na Radar converso uma hora com a Inês Meneses, no "Fala Com Ela". Em estreia mundial (sounds fine) uma das canções do próximo disco (chamada "Roma e Avinhão").

Entre as músicas que escolhi haverá uma de Manuela Moura Guedes, ou não fosse eu um grande apreciador de música de intervenção.

Confissão
Não só foi sacada toda a discografia do velho Phil como a inteira dos Genesis.

Pão pão queijo queijo
O Silas Ferreira, organista nos Pontos Negros e co-produtor do disco que acabei de gravar, é um artista também na ilustração. Aqui podem encomendar alguns dos posters que cria.

Privilégios de ser pregador
Um dos privilégios de viver dedicado à pregação é poder abrir a Palavra àqueles que já a conhecem. E quando abrimos àqueles que ainda não a conhecem o privilégio é redobrado.

Contra - Vampire Weekend
É ao ouvir os segundos álbuns que de coração merecem quatro estrelas que nos apercebemos da injustiça que foi o pudor de dar cinco ao primeiro.

Sermão de Domingo
Este Domingo ouvimos de um dos primeiro problemas de peso referidos nas Escrituras. A pesca maravilhosa. Tanto peixe nos barcos que quase que vão a pique. Alegria de muitos, vergonha de um pecador sozinho. O poder de Deus tanto esbanja sorrisos como desprende o arrependimento. Em Lucas 5:1-11.

Pneumo-zumbido
E quanto mais queria ter uma espiritualidade das aves mais ficava com um deus das moscas.

Intercendendo
Matt Chandler já era um herói meu antes de lhe aparecer um tumor no cérebro. Trinta e cinco anos, três filhos, pregador calvinista, uma comunidade em crescimento. O artigo da NBC é comovente. Vale a pena orar por este homem de Deus.

Ossos
Teixeira de Pascoes em "Santo Agostinho" só a muito custo escreve sobre Agostinho. A maior parte das vezes desliza para aquele tipo de apontamento mediterrânico de paradoxos existenciais (abundante auto-comprazimento, demasiada bonomia, insuportável diletância). Mas volta e meia tem um frase que vale todo o esforço de leitura:

"Judas, o mais dramático personagem que figura na Bíblia. Job, ao lado dele, é um burguês a queixar-se do reumatismo."

Agenda


"Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos." Isaías 6:5

No próximo Sábado dois poetas, João Tomaz Parreira (pentecostal) e Rui Almeida (católico), conversarão sobre este texto na Igreja Baptista de S. Domingos de Benfica. É pôr na agenda.