O Record
Está aí.

Contagem decrescente para o disco II
Já está disponível o EP que antecipa o "V", LP que chega às lojas dentro de um mês. Congrega duas canções do disco e oferece duas sobras dessas sessões. A edição é limitadíssima (a primeira já esgotou) e artesanal (a capa foi desenhada e dobrada à moda dos quantos-queres pelo Joaquim Albergaria).
Compra via www.florcaveira.com a €2,5.

Do Sermão de próximo Domingo
Há uma diferença entre pregar a Entrada Triunfal em Jerusalém e pregar a Cruz.

25 de Março
Anunciar é preciso.

Na Ler deste mês
Escrevo sobre a Enciclopédia da Música Portuguesa:

Não são apenas os músicos portugueses que precisam de comprar esta Enciclopédia. Os músicos portugueses precisam de comprar esta Enciclopédia porque andam com profundíssimos problemas de auto-estima (projectando o tom omni-sindical das tristezas que partilham em público, lutando anacrónica e ingloriamente contra o download ilegal e outros moinhos trituradores, reclamando autoria nos sucessos do Produto Interno Bruto, tropeçando nos palcos dos regressos, esbanjando duetos com adolescentes em auto-tuning) e não há nada como um ajuste de perspectiva. Mas os outros portugueses que não são músicos também precisam de gastar os quase trinta euros de cada tomo. Não para proteger essa espécie aparentemente ameaçada (os músicos, não os portugueses, se bem que…) mas para celebrar os méritos dançantes do último Século. De A a Z ainda existem muitos sons que nos fazem rodopiar. Esperássemos nós um vira e menos o nevoeiro.

Ler para dançar
«The most valuable thing the Psalms do for me is to express that same delight in God which made David dance. (...) It stands out as something astonishingly robust, virile and spontaneous; something we may regard with an innocent envy and may hope to be infected by as we read.», C.S. Lewis nas suas "Reflections On The Psalms".

Synchronize watches
O Verão começou na passada quarta-feira 17 de Março quando mergulhei no mar pela primeira vez este ano (o 1 de Janeiro não conta). Hoje a água continuava fria mas deu para braçadas. Temos um país abençoado, you lazy people.

Sermão de próximo Domingo
Não é difícil fugir de fazer a coisa certa sob a aparência da virtude. Ao esbanjar perfume nos pés de Jesus (João 12:1-8), Maria foi criticada por Judas por não se preocupar com os pobres. Provavelmente as maiores desilusões que Deus tem com as suas criaturas encarnam grandes causas humanistas. Por isso seguir Jesus implica sinceridade no auto-exame e uma vontade determinada em praticar aquilo que nos pede.
Olhar para o gesto de Maria é reconhecer que não se mendiga o louvor ao Messias. Esbanja-se mesmo.

Glória
Os meus olhos viram Samuel Úria ser entrevistado por Carlos Vaz Marques.

Maradona, o nosso amor não acabará
Esta canção dos atletas da predestinação faz-me lembrar uma canção dos Beatles cujo nome nunca chegou até mim, e como as coisas estão não é improvável morrer antes de entrar na posse desse pedaço de informação (quero um caixão de envolto na bandeira dos Estados Unidos). O que mais me agrada, julgo, é a modo progressivo como a gritaria se impõe. É tradição a gritaria das canções serem instaladas gradualmente pelos compositores e arranjadores (que eu saiba, só Tim Maia é que conseguiu, nesta canção de que já aqui falei, adulterar a fórmula sem ferir a ética timpanal), mas neste esplêndido conjunto de sons essa organização tem uma dimensão funcional inquestionável, o que confere àquilo uma solidez imparável: é que ninguém ali sabe gritar em condições; desconfio até que há dois gajos a gritar com vozes menos testosteronadas que a minha, pelo que a tarefa de produzir um coro gritado arrocalhado muito facilmente poderia resvalar para a insalubridade auditiva. É um tipo de vozes, como aliás a minha experiência pessoal me ensina, principalmente quando gritadas (a minha maneira natural de falar confissionalmente com uma pessoa é a gritar-lhe esganiçadamente aos ouvidos), que são extremamente desagradáveis de assistir até para o telescópio Hubble, e para mim, que leio muito, a proeza destes gajos é conseguirem fazer dessas vozes improváveis o elemento estrutural onde a harmonia da canção repousa. Pronto, já acabei esta parte. Depois, o refrão, por deus. "São sete voltas p'rá muralha cair"? Do ponto de vista do Mundial, não lembraria ao diabo, e pode-se dizer sem medo de ofender a humanidade sportinguista que está muito próximo do nível filosofo-poético atingido pelo "Só eu sei porque não fico em casa", que é, como se sabe, a nona sinfonia dos refrões. Apenas um reparo em forma de questão, prova de que eu faço falta até junto de uma pequena obra prima como esta: alguém me explica, o Guillul ou o Úria, porque é que no zoom ao cromo do Úria o jogador que lhe fica ao lado, e em campo quando se fixa a imagem, não é o Negrette? O Guillul escolheu, magnificamente, o Valdano; o que eu quero saber é porque é que se tentou apagar o Negrette desta história.

Contagem decrescente para o Disco
O Teledisco de "São Sete Voltas P´rá Muralha Cair".



Isto? O hino oficioso do Mundial.

Twain
"The conversation drifted smoothly and pleasantly along from weather to crops, from crops to literature, from literature to scandal, from scandal to religion; then took a random jump, and landed on the subject of burglar alarms". Do conto "The McWilliamses And The Burglar Alarm".

Relembro a agenda extraordinária de amanhã: o Encontro "Fé e Justiça" no CUPAV às 14.30h e a Palestra sobre "O Cristianismo na Boca dos Outros" na Igreja Baptista de SDB às 19h.

Hábito
Quase todas as noites leio um conto do Mark Twain. O bem que me tem feito! No meio de tanta satisfação encontro sobretudo no parágrafo inicial o ponto mais alto da minha alegria nocturna. Vou começar a deixar aqui alguns exemplos.

Agenda still
Ainda no próximo Sábado, e antes da Palestra em SDB, vou participar no encontro Fé e Justiça no Centro Universitário Padre António Vieira no painel "Eixos para o Futuro - Espírito" às 14.30h.

Na Agenda
Próximo Sábado às 19h a Igreja Baptista de S. Domingos de Benfica recebe Alfredo Abreu (outrora no Grupo Bíblico Universitário e agora na Sociedade Bíblica de Portugal) e António Marujo (do Público) para conversarem sobre "O Cristianismo na Boca dos Outros". Vai valer a pena.

Gostar de homens XXXIV


DiCaprio. Desde os mais gélidos naufrágios aos mais tropicais martírios.

LP
E de repente quando temos o privilégio de fazer uma capa para um disco vinil sentimo-nos imerecedores pela pressa com que tratamos a coisa (a tal questão teológica dos deadlines).

Teste o seu calvinismo III
Você sabe que é um cristão calvinista quando toda a estética depende de um deadline.

Agenda
A banda que pergunta "onde é que hoje se penhora o Moby português?" está amanhã no S. Jorge. É correr.

Biblioteca
"Quando uma pessoa vê um gajo que tem uma biblioteca com 10 mil livros e que é um idiota, isso quer dizer uma de duas coisas: ou não leu nenhum ou leu-os a todos", B Fachada no Blitz de Março.