sexta-feira, setembro 30, 2011
quinta-feira, setembro 29, 2011
Hoje é dia do Mar
Se isto fosse um país muito desenvolvido eu fazia parte de um think tank que sugeria o regresso ao mar como desígnio português. Esqueçam os Descobrimentos que a ponta aqui é Padre António Vieira. Hoje já mergulhei no Oceano e você?
Se isto fosse um país muito desenvolvido eu fazia parte de um think tank que sugeria o regresso ao mar como desígnio português. Esqueçam os Descobrimentos que a ponta aqui é Padre António Vieira. Hoje já mergulhei no Oceano e você?
quarta-feira, setembro 28, 2011
Senna
É difícil ter nascido no final dos antes setenta em Portugal e não ter o coração palpitante por Ayrton Senna. Alguns recordarão o tempo das colecções de calendários e o fervor pelo automobilismo que, no meu caso pelo menos, acabou por ser temporário. E encarnou o próprio Ayrton. O Lotus John Player Special (nunca haverá para mim carro mais bonito) esteticamente sublime e tecnicamente submerso levando-o à primeira vitória suada pela via da chuva no saudoso Autódromo Estoril.
Curiosamente, e numa altura em que já não tinha paciência para Fórmula 1, assisti ao choque que levou Senna desta Terra. Lembro-me de não conseguir conter-me com as imagens do funeral. E, até ver este documentário, andava adormecido na minha devoção.
É um caso feliz daqueles grandes filmes que fazem homenagem aos grandes homens. Ayrton é um país.
É difícil ter nascido no final dos antes setenta em Portugal e não ter o coração palpitante por Ayrton Senna. Alguns recordarão o tempo das colecções de calendários e o fervor pelo automobilismo que, no meu caso pelo menos, acabou por ser temporário. E encarnou o próprio Ayrton. O Lotus John Player Special (nunca haverá para mim carro mais bonito) esteticamente sublime e tecnicamente submerso levando-o à primeira vitória suada pela via da chuva no saudoso Autódromo Estoril.
Curiosamente, e numa altura em que já não tinha paciência para Fórmula 1, assisti ao choque que levou Senna desta Terra. Lembro-me de não conseguir conter-me com as imagens do funeral. E, até ver este documentário, andava adormecido na minha devoção.
É um caso feliz daqueles grandes filmes que fazem homenagem aos grandes homens. Ayrton é um país.
sexta-feira, setembro 23, 2011
Para o sermão do próximo Domingo
Não são assim tantos os momentos que sentimos luz a fazer-se na cabeça. Hoje, na Biblioteca de Oeiras, preparando o sermão em Marcos 2:1-12, percebi pela primeira vez uma relação entre as curas que Jesus fazia e o perdão dos pecados. Só não gritei eureka porque não conheço o equivalente para o hebraico.
A doença nem sempre é um resultado do pecado (uma pressa filosófica dos judeus naquele tempo que o Mestre faz questão de esclarecer em João 9:1-3, na cura de um cego de nascença) mas o poder de remover a enfermidade funda-se sempre no de perdoar os pecados. Jesus pode curar porque pode perdoar os pecados. Se não pudesse perdoar os pecados, não curaria. Logo se entende que há uma prioridade e o perdão dos pecados assume um papel mais essencial que a cura. Podem existir pessoas curadas que, em último reduto, não são perdoadas. Assim como pessoas perdoadas que não são curadas. Todavia, todas as que são curadas, são curadas porque o poder de serem perdoadas existe. É esse o convite de Jesus.
Não são assim tantos os momentos que sentimos luz a fazer-se na cabeça. Hoje, na Biblioteca de Oeiras, preparando o sermão em Marcos 2:1-12, percebi pela primeira vez uma relação entre as curas que Jesus fazia e o perdão dos pecados. Só não gritei eureka porque não conheço o equivalente para o hebraico.
A doença nem sempre é um resultado do pecado (uma pressa filosófica dos judeus naquele tempo que o Mestre faz questão de esclarecer em João 9:1-3, na cura de um cego de nascença) mas o poder de remover a enfermidade funda-se sempre no de perdoar os pecados. Jesus pode curar porque pode perdoar os pecados. Se não pudesse perdoar os pecados, não curaria. Logo se entende que há uma prioridade e o perdão dos pecados assume um papel mais essencial que a cura. Podem existir pessoas curadas que, em último reduto, não são perdoadas. Assim como pessoas perdoadas que não são curadas. Todavia, todas as que são curadas, são curadas porque o poder de serem perdoadas existe. É esse o convite de Jesus.
quarta-feira, setembro 21, 2011
Compacto Férias do Verão Voz do Deserto
Este Verão foi um flop. Pelo menos para quem deixou ao calor a possibilidade de o fazer feliz. Este Verão foi para mim aquele que terminou com mais paz pela chegada do Outono. Até porque não se vai notar grande diferença. E chegue o Natal depressa!
Segue o Compacto Férias do Verão Voz do Deserto.
- Cabanas de Tavira continua insuperável. Sei que me repito. A diferença em dizê-lo agora é pressentir uma reconciliação nacional com o Algarve. Estou convencido que a crise é a responsável. Porque, se por um lado, a população é profissional no queixume, por outro, se as pessoas regressassem ao trabalho sem poderem esbanjar um pouco da sua felicidade recente na cara dos seus colegas o futuro económico deste país estaria comprometido. Pela impossibilidade de turismo no estrangeiro os portugueses tiveram de largar o luxo de não gostar do lugar ao qual agora regressam.
- No ano passado estivemos em três acampamentos evangélicos. Este ano foram dois. Em Água de Madeiros (que deu algum trabalho porque fizemos parte da equipa organizadora) e em Vendas Novas (que também deu algum trabalho porque também ajudámos). Uma das maiores virtudes de investir tempo de férias em acampamentos evangélicos é conhecer pessoas inspiradoras. As outras, sempre as tereis convosco.
- Três semanas de Agosto com os miúdos em casa são o tipo de teste perfeito à vaidade com que passeamos a nossa fertilidade. Já o escrevi o ano passado. A vantagem deste é que a gestão do dossier, não sendo perfeita, é mais afinada. Praia de manhã, almoço em casa, sestas, passeio no parque, regresso para refeição, culto doméstico, um episódio de "Conan, o Rapaz do Futuro" e cama. Excepções para um piquenique de família e uma sessão de cinema (foi um tempo esmurfamente divertido). Sobrevivemos, obrigado.
- Livros: Camille Paglia a estralhaçar o III Reich Maricas, Packer a trazer a verdade sobre os puritanos, Stott a chorar com o Apóstolo Paulo, Bloom a descompor a academia, Spurgeon a facilitar as devoções, Maria Filomena Mónica cheia de boa vontade mas não chega, Scruton a defender optimistamente o pessimismo, Duchamp a recrear mais que criar, Weber a aprofundar sem saborear, Freud a merecer o Século XX que conquistou, e o Evangelho de Marcos a prometer o melhor Outono de sempre.
- Discos: chillwave completamente morto com os estertores de Neon Indian e Washed Out, os Lacraus quase aí fora e a darem trabalho que chegue, o próximo do Sami que vai rebentar isto tudo, Lucas Bora Bora a não satisfazer-se com o facto de ser o melhor baterista do país, C de Croché a provar que o acordo ortográfico não é do rock, os miúdos brancos burgueses babados por um preto burro com letras nazis, os Paus a fazerem do Lux um lugar menos cínico, o Cruz a teimar manter longe dos nossos ouvidos aquilo que lhe sai das mãos e... chega.
Este Verão foi um flop. Pelo menos para quem deixou ao calor a possibilidade de o fazer feliz. Este Verão foi para mim aquele que terminou com mais paz pela chegada do Outono. Até porque não se vai notar grande diferença. E chegue o Natal depressa!
Segue o Compacto Férias do Verão Voz do Deserto.
- Cabanas de Tavira continua insuperável. Sei que me repito. A diferença em dizê-lo agora é pressentir uma reconciliação nacional com o Algarve. Estou convencido que a crise é a responsável. Porque, se por um lado, a população é profissional no queixume, por outro, se as pessoas regressassem ao trabalho sem poderem esbanjar um pouco da sua felicidade recente na cara dos seus colegas o futuro económico deste país estaria comprometido. Pela impossibilidade de turismo no estrangeiro os portugueses tiveram de largar o luxo de não gostar do lugar ao qual agora regressam.
- No ano passado estivemos em três acampamentos evangélicos. Este ano foram dois. Em Água de Madeiros (que deu algum trabalho porque fizemos parte da equipa organizadora) e em Vendas Novas (que também deu algum trabalho porque também ajudámos). Uma das maiores virtudes de investir tempo de férias em acampamentos evangélicos é conhecer pessoas inspiradoras. As outras, sempre as tereis convosco.
- Três semanas de Agosto com os miúdos em casa são o tipo de teste perfeito à vaidade com que passeamos a nossa fertilidade. Já o escrevi o ano passado. A vantagem deste é que a gestão do dossier, não sendo perfeita, é mais afinada. Praia de manhã, almoço em casa, sestas, passeio no parque, regresso para refeição, culto doméstico, um episódio de "Conan, o Rapaz do Futuro" e cama. Excepções para um piquenique de família e uma sessão de cinema (foi um tempo esmurfamente divertido). Sobrevivemos, obrigado.
- Livros: Camille Paglia a estralhaçar o III Reich Maricas, Packer a trazer a verdade sobre os puritanos, Stott a chorar com o Apóstolo Paulo, Bloom a descompor a academia, Spurgeon a facilitar as devoções, Maria Filomena Mónica cheia de boa vontade mas não chega, Scruton a defender optimistamente o pessimismo, Duchamp a recrear mais que criar, Weber a aprofundar sem saborear, Freud a merecer o Século XX que conquistou, e o Evangelho de Marcos a prometer o melhor Outono de sempre.
- Discos: chillwave completamente morto com os estertores de Neon Indian e Washed Out, os Lacraus quase aí fora e a darem trabalho que chegue, o próximo do Sami que vai rebentar isto tudo, Lucas Bora Bora a não satisfazer-se com o facto de ser o melhor baterista do país, C de Croché a provar que o acordo ortográfico não é do rock, os miúdos brancos burgueses babados por um preto burro com letras nazis, os Paus a fazerem do Lux um lugar menos cínico, o Cruz a teimar manter longe dos nossos ouvidos aquilo que lhe sai das mãos e... chega.
terça-feira, setembro 20, 2011
40
Os meus pais fizeram ontem 40 anos de casamento. Sou um privilegiado por ser filho de uma experiência de fidelidade.
Os meus pais fizeram ontem 40 anos de casamento. Sou um privilegiado por ser filho de uma experiência de fidelidade.
segunda-feira, setembro 19, 2011
Do sermão de ontem
Digamos em abono da justiça que a primeira coisa que nos ocorre no relato da cura da sogra de Pedro (Marcos 1:29-31) é que parece realizada para que rapidamente tratasse da refeição (v. 31). Façamos todavia a justiça de encontrar no resultado da cura um sentido mais profundo que é o serviço. Podemos imaginar Jesus sentado à cabeceira da cama, tomando-a pela mão em jeito de médico de província improvisado. Se a primeira manifestação do seu poder foi grandiosa (a expulsão dos demónios do homem na sinagoga) esta segunda, sendo doméstica, provém da mesma fonte. As pessoas que se cruzam com Jesus têm o seu destino transformado porque Jesus reivindica autoridade sobre todas as coisas.
Digamos em abono da justiça que a primeira coisa que nos ocorre no relato da cura da sogra de Pedro (Marcos 1:29-31) é que parece realizada para que rapidamente tratasse da refeição (v. 31). Façamos todavia a justiça de encontrar no resultado da cura um sentido mais profundo que é o serviço. Podemos imaginar Jesus sentado à cabeceira da cama, tomando-a pela mão em jeito de médico de província improvisado. Se a primeira manifestação do seu poder foi grandiosa (a expulsão dos demónios do homem na sinagoga) esta segunda, sendo doméstica, provém da mesma fonte. As pessoas que se cruzam com Jesus têm o seu destino transformado porque Jesus reivindica autoridade sobre todas as coisas.
sexta-feira, setembro 16, 2011
quinta-feira, setembro 15, 2011
Stott, round one
Comecei a feliz penitência de ler John Stott. E não há como fugir ao óbvio: devia ter começado há muito tempo. Peguei no "Tu Porém" (edição brasileira da Abu de 1982 de "Guard The Gospel") que encontrei em casa dos meus pais. Um livro breve em forma de comentário à Segunda Carta de Timóteo.
Tinha distante que é este o texto que serve de Testamento ao Apóstolo Paulo, escrevendo à beira do que terá sido o seu martírio em Roma. Dirige-se ao seu discípulo mais fiel, Timóteo, jovem tímido mas consistente. Como bem aponta Stott, este é "um documento humano comovente" onde lemos Paulo escrever "terminei a carreira" e o nosso coração aperta-se. Quantos de nós não anseiam pelo mesmo sentido de plenitude nos últimos momentos desta vida?
Se por um lado o Apóstolo estava certo de ter vivido a vida certa isso não lhe impedia a tristeza por ver a fé estragada por maus líderes cristãos e saborear a traição por tantos em quem tinha investido. Uma existência boa deste lado da Ressurreição não é o mesmo que um happy ending e por isso a certeza do bom caminho feito era simultânea da preocupação pelo futuro daqueles que ficavam. É aqui que entra a missão de Timóteo. Segue o mesmo tipo de fidelidade que eu segui, aconselha Paulo. Esta carta são as últimas palavras que te deixo.
Stott é conciso e sólido. Faz questão de colocar de parte as facilidades teológicas de uma leitura não comprometida com a Bíblia ("O autêntico evangelho nunca foi popular. Ele humilha muito o pecador.") e desenvolve uma interpretação que desafia o leitor a aproximar-se do que lê. De que nos servirá ler Paulo se nos afastarmos da sua força? Não há passividade possível perante o texto de alguém que leva o seu pensamento às últimas consequências e por ele se sacrifica. Ou se rejeita ou se abraça.
Sei que iniciei por um livro claramente secundário na bibliografia de John Stott. Mas já vou embalado para os fôlegos maiores que se sigam.
Comecei a feliz penitência de ler John Stott. E não há como fugir ao óbvio: devia ter começado há muito tempo. Peguei no "Tu Porém" (edição brasileira da Abu de 1982 de "Guard The Gospel") que encontrei em casa dos meus pais. Um livro breve em forma de comentário à Segunda Carta de Timóteo.
Tinha distante que é este o texto que serve de Testamento ao Apóstolo Paulo, escrevendo à beira do que terá sido o seu martírio em Roma. Dirige-se ao seu discípulo mais fiel, Timóteo, jovem tímido mas consistente. Como bem aponta Stott, este é "um documento humano comovente" onde lemos Paulo escrever "terminei a carreira" e o nosso coração aperta-se. Quantos de nós não anseiam pelo mesmo sentido de plenitude nos últimos momentos desta vida?
Se por um lado o Apóstolo estava certo de ter vivido a vida certa isso não lhe impedia a tristeza por ver a fé estragada por maus líderes cristãos e saborear a traição por tantos em quem tinha investido. Uma existência boa deste lado da Ressurreição não é o mesmo que um happy ending e por isso a certeza do bom caminho feito era simultânea da preocupação pelo futuro daqueles que ficavam. É aqui que entra a missão de Timóteo. Segue o mesmo tipo de fidelidade que eu segui, aconselha Paulo. Esta carta são as últimas palavras que te deixo.
Stott é conciso e sólido. Faz questão de colocar de parte as facilidades teológicas de uma leitura não comprometida com a Bíblia ("O autêntico evangelho nunca foi popular. Ele humilha muito o pecador.") e desenvolve uma interpretação que desafia o leitor a aproximar-se do que lê. De que nos servirá ler Paulo se nos afastarmos da sua força? Não há passividade possível perante o texto de alguém que leva o seu pensamento às últimas consequências e por ele se sacrifica. Ou se rejeita ou se abraça.
Sei que iniciei por um livro claramente secundário na bibliografia de John Stott. Mas já vou embalado para os fôlegos maiores que se sigam.
terça-feira, setembro 13, 2011
Live
Vocês, que estão cansados de me ouvir sermonizar a toda hora, podem agora ouvir o sermão de Domingo a sério aqui.
Vocês, que estão cansados de me ouvir sermonizar a toda hora, podem agora ouvir o sermão de Domingo a sério aqui.
segunda-feira, setembro 12, 2011
O meu próprio 11 de Setembro
Ontem foi um dia que dedicámos a lembrar o 11 de Setembro. Vimos documentários, recordámos a nossa reacção no dia, tivemos saudades da cidade que tínhamos visitado meio ano antes. E os nossos filhos tiveram conhecimento daqueles acontecimentos tão tristes.
Creio que pouco há a ganhar na memória do 11 de Setembro se não formos nós próprios a ser colocados em perspectiva. Já dei mais do que devia para debates acalorados em que nem eu nem os meus opositores parávamos para pensar que perante tão repugnante maldade o problema colocava-se imediatamente à nossa natureza. Como se fosse possível discutir sobre os erros dos outros do lado de fora. Isto não significa que não deva existir uma acção política, antes pelo contrário, mas acredito que uma discussão com proveito sobre o crime alheio é preveni-lo espiritualmente naqueles que o discutem. A razão de não querermos aceitar o ódio nos outros é o desejo de não o querermos permitir em nós mesmos. Por isso os culpados devem ser castigados ao mesmo tempo que os que castigam procuram mais que a simples e justa retribuição.
A cidade de Nova Iorque tem um lugar especial no nosso coração assim como o povo americano. A minha fé evangélica existe em Portugal sobretudo por causa do empenho de missionários americanos e por isso sempre soube que naquela agressão também eu era agredido. Oro pelo Presidente Obama e peço a Deus que os cristãos construam não só nos Estados Unidos uma sociedade justa e livre, que não faça da fé uma razão para a violência mas para o amor. Nesta oração eu sou o primeiro a precisar de ser transformado.
Ontem foi um dia que dedicámos a lembrar o 11 de Setembro. Vimos documentários, recordámos a nossa reacção no dia, tivemos saudades da cidade que tínhamos visitado meio ano antes. E os nossos filhos tiveram conhecimento daqueles acontecimentos tão tristes.
Creio que pouco há a ganhar na memória do 11 de Setembro se não formos nós próprios a ser colocados em perspectiva. Já dei mais do que devia para debates acalorados em que nem eu nem os meus opositores parávamos para pensar que perante tão repugnante maldade o problema colocava-se imediatamente à nossa natureza. Como se fosse possível discutir sobre os erros dos outros do lado de fora. Isto não significa que não deva existir uma acção política, antes pelo contrário, mas acredito que uma discussão com proveito sobre o crime alheio é preveni-lo espiritualmente naqueles que o discutem. A razão de não querermos aceitar o ódio nos outros é o desejo de não o querermos permitir em nós mesmos. Por isso os culpados devem ser castigados ao mesmo tempo que os que castigam procuram mais que a simples e justa retribuição.
A cidade de Nova Iorque tem um lugar especial no nosso coração assim como o povo americano. A minha fé evangélica existe em Portugal sobretudo por causa do empenho de missionários americanos e por isso sempre soube que naquela agressão também eu era agredido. Oro pelo Presidente Obama e peço a Deus que os cristãos construam não só nos Estados Unidos uma sociedade justa e livre, que não faça da fé uma razão para a violência mas para o amor. Nesta oração eu sou o primeiro a precisar de ser transformado.
Do sermão de ontem
No Evangelho de Marcos, João Baptista é apresentado de uma maneira poupada e objectiva: o texto (Marcos 1:6-7) mostra a sua aparência, a sua dieta e a sua mensagem. E damos por nós a concordar que somos provavelmente bem avaliados se olharem para o que vestimos, comemos e falamos.
No Evangelho de Marcos, João Baptista é apresentado de uma maneira poupada e objectiva: o texto (Marcos 1:6-7) mostra a sua aparência, a sua dieta e a sua mensagem. E damos por nós a concordar que somos provavelmente bem avaliados se olharem para o que vestimos, comemos e falamos.
sexta-feira, setembro 09, 2011
Para o sermão deste Domingo
Escolher a acção como preferência é a maneira de Marcos apresentar Cristo como um Salvador para todos, até para aqueles que estão afastados do estilo de vida dos judeus. E assim olhamos a brevidade deste evangelho não como uma diminuição mas um alargamento do seu alcance. Os gentios e pagãos que lêem o texto não precisam de se sentir à parte por causa das questões religiosas ou dos hábitos culturais da Palestina porque os acontecimentos falam por si. No fundo, mais gente a poder ler mais.
Escolher a acção como preferência é a maneira de Marcos apresentar Cristo como um Salvador para todos, até para aqueles que estão afastados do estilo de vida dos judeus. E assim olhamos a brevidade deste evangelho não como uma diminuição mas um alargamento do seu alcance. Os gentios e pagãos que lêem o texto não precisam de se sentir à parte por causa das questões religiosas ou dos hábitos culturais da Palestina porque os acontecimentos falam por si. No fundo, mais gente a poder ler mais.
quinta-feira, setembro 08, 2011
A solução da crise está no Oceano
Fez um ano desde que comecei a acordar mais cedo para correr até ao mergulho na praia. Resultados:
- emagreci um bocadinho (coisa pouco recomendável no meu caso) e reconciliei-me com a ideia de exercício físico
- estou sempre cansado ao final do dia e por isso não atraso o sono (e ver televisão, para além de raro, é praticamente impossível porque adormeço 3 minutos depois)
- aproveito mais o tempo e trabalho melhor porque ganhei para o dia o que antes era da noite
- enquanto corro recito os versículos bíblicos que ensinamos às crianças e adianto as orações
- refazendo mentalmente a agenda para o dia leio mais, escrevo mais, penso mais
- quando chego a casa às oito para tomar o pequeno-almoço e preparar os meninos para a escola venho exausto mas mais paciente (os seres humanos, sendo pecadores, parecem mais dignos do meu apreço)
- sinto-me mais feliz (e assertivo na equação: desperdiçar a manhã = menos Graça)
Não quero irritar ninguém com o exaustivo relatório de felizes e saltitantes progressos mas é a minha maneira de concordar que o mar é o velho desígnio português renovado.
Fez um ano desde que comecei a acordar mais cedo para correr até ao mergulho na praia. Resultados:
- emagreci um bocadinho (coisa pouco recomendável no meu caso) e reconciliei-me com a ideia de exercício físico
- estou sempre cansado ao final do dia e por isso não atraso o sono (e ver televisão, para além de raro, é praticamente impossível porque adormeço 3 minutos depois)
- aproveito mais o tempo e trabalho melhor porque ganhei para o dia o que antes era da noite
- enquanto corro recito os versículos bíblicos que ensinamos às crianças e adianto as orações
- refazendo mentalmente a agenda para o dia leio mais, escrevo mais, penso mais
- quando chego a casa às oito para tomar o pequeno-almoço e preparar os meninos para a escola venho exausto mas mais paciente (os seres humanos, sendo pecadores, parecem mais dignos do meu apreço)
- sinto-me mais feliz (e assertivo na equação: desperdiçar a manhã = menos Graça)
Não quero irritar ninguém com o exaustivo relatório de felizes e saltitantes progressos mas é a minha maneira de concordar que o mar é o velho desígnio português renovado.
quarta-feira, setembro 07, 2011
One time only
Vai ser a única ocasião que planeio tocar canções do disco "O Inverno Desinspirado do Rapaz do Sul do Céu" (que podem sacar aqui).
Vai ser a única ocasião que planeio tocar canções do disco "O Inverno Desinspirado do Rapaz do Sul do Céu" (que podem sacar aqui).
terça-feira, setembro 06, 2011
Do sermão do Domingo passado
O Evangelho de Marcos desenha uma oposição entre a lentidão dos apóstolos em compreenderem o que Jesus é e faz ao passo que os seus inimigos mostram mais imediatamente o perigo que encontram na sua identidade e acções – como se os maus entendessem melhor que os bons a autenticidade divina de Cristo.
O Evangelho de Marcos desenha uma oposição entre a lentidão dos apóstolos em compreenderem o que Jesus é e faz ao passo que os seus inimigos mostram mais imediatamente o perigo que encontram na sua identidade e acções – como se os maus entendessem melhor que os bons a autenticidade divina de Cristo.
sexta-feira, setembro 02, 2011
Setembro chegado
Este Domingo começamos a ler em SDB o Evangelho de Marcos, no qual A.T. Robertson encontra "a completa ausência de qualquer coisa artificial ou dramática embora a acção seja avassaladora. É a maior história de sempre contada no grego vernacular por um homem sem sofisticação e aspirações literárias". O fim do Verão não podia ser mais promissor.
Este Domingo começamos a ler em SDB o Evangelho de Marcos, no qual A.T. Robertson encontra "a completa ausência de qualquer coisa artificial ou dramática embora a acção seja avassaladora. É a maior história de sempre contada no grego vernacular por um homem sem sofisticação e aspirações literárias". O fim do Verão não podia ser mais promissor.