quinta-feira, agosto 28, 2014
terça-feira, agosto 26, 2014
Pregar no bosque à noite
John Flavel foi um pregador puritano britânico do Século XVII que pregava tanto que até bosques durante a noite lhe serviam de auditórios. Como bom cristão bíblico que era sabia que a Bíblia só não faz milagres: para que alguém se converta é preciso que a Bíblia seja pregada no poder do Espírito Santo. Quando o evangelho não é pregado em poder torna-se na prática herético (porque nem trinitário chega a ser quando despreza a intervenção de Deus Espírito Santo) e impotente (nada nasce espiritualmente de algo que não foi concebido espiritualmente).
Mas John Flavel sabia também que não devemos ser indiferentes à atitude com que ouvimos a Palavra, até quando ainda não acreditamos nela. Porque há maneiras melhores e piores de nos comportarmos em relação à religião, mesmo quando ainda não a aceitámos. O diabo é especialista em despistar as nossas predisposições quando contactamos com a pregação. Flavel dizia que um dos truques de Satanás não é tornar o ouvinte da Palavra ostensivamente hostil ao evangelho. Pelo contrário. Satanás tenta torná-lo relativamente amistoso em relação aos privilégios eclesiásticos, mas superficial nas suas respostas ao evangelho, parcial através do seu amor-próprio, e fazê-lo comparar-se com pecadores piores. Quanto mais soubermos das manhas demoníacas, mais poderemos evitá-las para ouvirmos a Palavra melhor preparados.
Flavel distinguia também convicção de conversão. É fácil que o nosso cérebro concorde com o cristianismo mas se a nossa vontade não o fizer, então não nos podemos considerar verdadeiramente cristãos. Não é preciso ter fé para ter uma "perspectiva intuitiva do pecado". Mas para que sejamos mais do que o pecado que reconhecemos em nós é preciso a intervenção do próprio Espírito Santo. Um cristão pode e deve ter convicções porque passou por uma conversão, mas pouco lhe adianta ter convicções se não passou por uma conversão. O que desempata o assunto é o que Deus faz na nossa existência, não o que nós impomos à nossa cabeça. Era valente, este John Flavel - um homem que em lugares obscuros pregava a Palavra nunca esquecendo dos lugares obscuros onde nos podemos esconder quando a ouvimos.
[A partir do capítulo "Puritan Preparatory Grace" do calhamaço "A Puritan Theology" de Joel Beeke e Mark Jones.]
John Flavel foi um pregador puritano britânico do Século XVII que pregava tanto que até bosques durante a noite lhe serviam de auditórios. Como bom cristão bíblico que era sabia que a Bíblia só não faz milagres: para que alguém se converta é preciso que a Bíblia seja pregada no poder do Espírito Santo. Quando o evangelho não é pregado em poder torna-se na prática herético (porque nem trinitário chega a ser quando despreza a intervenção de Deus Espírito Santo) e impotente (nada nasce espiritualmente de algo que não foi concebido espiritualmente).
Mas John Flavel sabia também que não devemos ser indiferentes à atitude com que ouvimos a Palavra, até quando ainda não acreditamos nela. Porque há maneiras melhores e piores de nos comportarmos em relação à religião, mesmo quando ainda não a aceitámos. O diabo é especialista em despistar as nossas predisposições quando contactamos com a pregação. Flavel dizia que um dos truques de Satanás não é tornar o ouvinte da Palavra ostensivamente hostil ao evangelho. Pelo contrário. Satanás tenta torná-lo relativamente amistoso em relação aos privilégios eclesiásticos, mas superficial nas suas respostas ao evangelho, parcial através do seu amor-próprio, e fazê-lo comparar-se com pecadores piores. Quanto mais soubermos das manhas demoníacas, mais poderemos evitá-las para ouvirmos a Palavra melhor preparados.
Flavel distinguia também convicção de conversão. É fácil que o nosso cérebro concorde com o cristianismo mas se a nossa vontade não o fizer, então não nos podemos considerar verdadeiramente cristãos. Não é preciso ter fé para ter uma "perspectiva intuitiva do pecado". Mas para que sejamos mais do que o pecado que reconhecemos em nós é preciso a intervenção do próprio Espírito Santo. Um cristão pode e deve ter convicções porque passou por uma conversão, mas pouco lhe adianta ter convicções se não passou por uma conversão. O que desempata o assunto é o que Deus faz na nossa existência, não o que nós impomos à nossa cabeça. Era valente, este John Flavel - um homem que em lugares obscuros pregava a Palavra nunca esquecendo dos lugares obscuros onde nos podemos esconder quando a ouvimos.
[A partir do capítulo "Puritan Preparatory Grace" do calhamaço "A Puritan Theology" de Joel Beeke e Mark Jones.]
segunda-feira, agosto 25, 2014
sexta-feira, agosto 01, 2014
Agenda
Durante as próximas três semanas é possível que o blogue ande meio parado. Mas gostava de vos ir convindando para "O Fim-de-Semana Cheio na Lapa" que vai acontecer a 10, 11 e 12 de Outubro. Ainda há tempo mas vale a pena começarmos a colocá-lo na agenda.
"O Fim-de-Semana Cheio na Lapa" é um período em que fazemos em concentrado aquilo que uma Igreja deve fazer sempre: relacionar-se com a cultura à sua volta. Para isso convidamos pessoas interessantes e inteligentes que nos desafiem a sermos uma comunidade cristã mais preparada e entusiasmada para dialogar competentemente com aqueles que podem ainda não partilhar da nossa fé cristã.
Na prática significa investir em boas conversas e, na medida do possível, em boa arte. O cartaz abaixo mostra por enquanto os convidados que já estão confirmados. Mas, se Deus quiser, o número vai crescer.
Ponham na vossa agenda e juntem-se a nós!
Durante as próximas três semanas é possível que o blogue ande meio parado. Mas gostava de vos ir convindando para "O Fim-de-Semana Cheio na Lapa" que vai acontecer a 10, 11 e 12 de Outubro. Ainda há tempo mas vale a pena começarmos a colocá-lo na agenda.
"O Fim-de-Semana Cheio na Lapa" é um período em que fazemos em concentrado aquilo que uma Igreja deve fazer sempre: relacionar-se com a cultura à sua volta. Para isso convidamos pessoas interessantes e inteligentes que nos desafiem a sermos uma comunidade cristã mais preparada e entusiasmada para dialogar competentemente com aqueles que podem ainda não partilhar da nossa fé cristã.
Na prática significa investir em boas conversas e, na medida do possível, em boa arte. O cartaz abaixo mostra por enquanto os convidados que já estão confirmados. Mas, se Deus quiser, o número vai crescer.
Ponham na vossa agenda e juntem-se a nós!