quinta-feira, julho 30, 2015

The Abortion Files
Somos uma cultura que se orgulha de poder mostrar todo o corpo que quer, com algumas excepções reveladoras (a partir dos 9 mns a coisa pode chocar as sensibilidades de alguns).



Há bons textos sobre o assunto aqui: http://theabortionfiles.tumblr.com/.

terça-feira, julho 28, 2015

Ouvir
Esta série de sermões sobre o descanso patrocina prazer em Deus, não culpa acrescida. O último sermão dela pode ser ouvido aqui.


sexta-feira, julho 24, 2015

Não odiar a Isabel e o Miguel

Só quando olharmos para algumas pessoas como nossos inimigos é que podemos, enquanto cristãos, orar por elas pedindo a Deus que nos faça ter-lhes amor. Quero ilustrar isto com um exemplo pessoal.

Ontem gastei algum tempo a ouvir e a picar na net as intervenções da Isabel Moreira acerca da Iniciativa Legislativa de Cidadãos promovida por pessoas como eu, que vêem o aborto como um mal. Acabei a espreitar o Miguel Vale de Almeida também. Ora, este exercício feito sem cuidados é tóxico para a minha alma. Isto porque, e quero ser cuidadoso a afirmar isto, a Isabel Moreira e o Miguel Vale de Almeida não primam pela consistência na discussão de um assunto como o aborto. Digamos que há pessoas que metem o mundo a nascer em Maio de 1968 e que, por causa disso, tratam qualquer convicção ligada ao período que terminou antes como histórias de fantasmas. Ora, eu consigo perceber que as minhas convicções sejam pré-históricas aos olhos da Isabel Moreira e do Miguel Vale de Almeida. Mas o ponto não é esse. Eles não vencem uma discussão por acusarem os seus oponentes de serem retrógrados. Quando muito, poderão vencer os seus oponentes se provarem que eles estão errados. E, guess what?, depois de quase meio século depois de 68, há pessoas que ainda não estão convencidas dos méritos racionais do aborto. Em democracia, isto significa que a discussão não termina pelo facto de a legislação mudar. Em democracia isto significa que a discussão pode levar à mudança da legislação, desde que os cidadãos assim decidam. É para isto que cá estou. Deal with it.

Os cristãos não podem ter medo do mau uso da retórica (sim, porque a retórica é uma coisa boa - vão ler a "Hermenêutica Retórica" de Manuel Alexandre Júnior, professor catedrático da Universidade de Letras de Lisboa para se enturmarem com o assunto). Se os nomes que me chamam fossem determinantes para as posições que tomo, acho que a esta hora estaria a espalhar a hashtag #IsabelMoreiraÉsAMinhaPadroeira porque, de facto, ela é quem mete mais respeitinho no Parlamento quando fala (juro que tive medo que ela soubesse onde eu moro depois de ter visto a sua intervenção). Acontece que os cristãos não têm medo das palavras porque as palavras não são instrumentos de morte mas de vida: Deus criou o universo a partir da palavra. De cada vez que a Isabel Moreira me tenta meter medo com as suas palavras, eu oro uma prece que diz assim: "obrigado, Senhor, porque fizeste das palavras fábricas de pessoas e não trituradores delas." E é precisamente porque Deus fez das palavras fábricas de pessoas que vou continuar a usar as minhas para defender a existência das pessoas ameaçadas pelo aborto. Já escrevi neste texto deal with it?

Mas comecei pelo lugar onde quero acabar. Só quando olharmos para algumas pessoas como nossos inimigos é que podemos, enquanto cristãos, orar por elas pedindo a Deus que nos faça ter-lhes amor. Ontem à noite pedi a Deus que não me faça odiar a Isabel Moreira e o Miguel Vale de Almeida. Pedi a Deus que me faça ter-lhes amor precisamente pelo facto de serem meus inimigos. Não é fácil mas é o que o meu Salvador Jesus me mandou fazer: amar os meus inimigos. Se eu achasse que eles são meus amigos, não só lhes faltava ao respeito (nem sequer nos conhecemos!) como colocava dentro de mim mesmo a origem dos meus bons sentimentos, procurando gostar deles independentemente de eles defenderem uma causa que para mim é maligna. Um cristão defende uma visão antropológica radical que coloca em Deus a origem dos seus bons sentimentos. Por isso é que um cristão não pode ter a pretensão de ser amigo de toda a gente - porque não deve gostar das pessoas independentemente do modo como elas se relacionam com Deus. Um cristão é chamado a uma coisa diferente que é amar os seus inimigos, não a achar que todo o bicho careta é seu compincha.

É a visão socialista abraçada pelo Miguel Vale de Almeida e pela Isabel Moreira que, descartando Deus, coloca o ser humano como a origem e finalidade dos seus próprios bons sentimentos. Por isso é que o socialismo acredita em causas humanitárias porque a humanidade, desde que bem encaminhada, é um progresso imparável em direcção à fraternidade universal. Eu compreendo o excesso retórico da Isabel Moreira porque ela não suporta a ideia de haver retrocessos nesta digressão (a ILC em causa é um regresso à barbárie). Os cristãos serão, como o Miguel Vale de Almeida tem repetido, os "fundamentalistas", os "fascistas", e todos os istas que nos possam atirar para esse longínquo e obscuro período terminado em em Abril de 1968. Ironicamente, a visão mais optimista da natureza humana é aquela que acaba a tratar pior todas as pessoas que não a têm (o Miguel Vale de Almeida disse que ia tomar nota de todas as mulheres do PSD e do CDS que votassem favoravelmente à ILC - como classificamos um gesto destes?).

Por que é que o cristianismo nos chama a amar os nossos inimigos? Porque relativiza o mal que eles nos podem fazer? Não. O mal que os nossos inimigos nos podem fazer é precisamente aquilo que os classifica como inimigos. O cristianismo chama-nos a amar os inimigos porque, realmente, ninguém começou a sua relação com Deus de outra maneira: ninguém nasceu amiguinho de Deus. É porque Deus nos adopta enquanto filhos num gesto de sacrifício (morrendo Cristo na cruz), quando nós éramos ainda seus inimigos, que nós não podemos olhar para a inimizade dos nossos inimigos como ponto final - quem sabe se Deus não vai fazer com eles o que fez connosco?

Finalizando. Miguel e Isabel: oro por vocês. Oro por mim quando oro por vocês. Oro pelo nosso país quando oro por mim orando por vocês. Parece que vamos ter de lutar uns contra os outros. Que assim seja. No meu coração sei que tem de haver amor. No vosso, é convosco. Não é fácil existir amor no meu coração. Mas ninguém disse que era suposto ser. Vocês também não se meteram na política para passar férias. Baza!


O Expresso
Mete o meu último álbum na lista dos discos que importa ouvir neste Verão (ainda por cima quase encostado à reedição do "Heartbreaker" do Ryan Adams!).


quinta-feira, julho 23, 2015

A minha mulher a explicar o que é o casamento
"Há 13 anos, no dia 20 de Julho de 2002, ele oferecia-me o nome dele. Eu aceitei. Mal saberia eu que este gesto, acrescentar algo à ordem natural do nome que os meus pais me colocaram, seria um bom prenúncio de toda uma nova vida que estaria a chegar. Foi-me adicionado um nome que não apagaria nada do que até aos 25 anos fui, mas que simbolicamente traduziria o facto de me tornar uma só pessoa com outra: é uma nova vida que começa. O casamento torna-nos pessoas novas. Sim, o casamento transforma-nos. Nos dias bons, nos dias menos bons, nos dias péssimos. Nunca esquecendo que prometemos amar-nos quer estejamos saudáveis, quer estejamos doentes. Ricos ou pobres. Alegres ou deprimidos. Até que a morte nos separe." (do blogue dela: Por Aqui E Por Ali).

quarta-feira, julho 22, 2015

Ouvir
O que é que o descanso nos ajuda a fazer? Respondendo de uma maneira muito directa diríamos: o descanso ajuda-nos, enquanto criaturas, a executar a vocação que Deus nos dá de, na sua criação, sermos sacerdotes, reis e profetas. Uau. Soa pomposo. É melhor ouvir o sermão.

segunda-feira, julho 20, 2015

Treze anos
Hoje eu e a Rute fazemos 13 anos de casados. Nas vossas orações agradeçam e peçam a Deus por nós. Que o nosso casamento seja à medida do casamento dos casamentos, entre Cristo e a Igreja.
Vídeo
Eu e o Bruno temos uma história com mais de 20 anos (a ver se qualquer dia a conto). É um privilégio entrar neste novo teledisco dos Fellow Man.


quinta-feira, julho 16, 2015

Won't Back Down

Uma das coisas que mais me pesa no coração é não estar a fazer nada concreto contra o mal do aborto. Quero que Deus me ajude a mudar e dar o corpo às balas. A luta contra o aborto é daquelas onde tenho de estar pronto para perder para mim para ganhar para outros. Quem mais perde com o aborto é quem é morto por ele - se eu perder popularidade, amigos ou respeito por causa da minha posição, who cares? A tragédia a ser praticada diariamente não é acerca de mim.

Deus abençoe as pessoas envolvidas nesta ILC (António Pinheiro Torres, as nossas orações estão contigo)! Evangélicos, acordem para isto! Orgulhem-se naquilo que o Pastor Paulo Pedro Luvumba está a fazer (vejam aqui a partir dos 39'35''). Vamos juntar-nos a eles!

quarta-feira, julho 15, 2015

Ao Tom Dela

Tondela fez 500 anos e o Sami fez as honras cantando no coração da cidade a sua música "Ao Tom Dela". Quero aproveitar para dizer três coisas.

A primeira coisa é que produzi ao Sami o disco "Nem Lhe Tocava" e foi o disco mais difícil de produzir que já produzi. Graças a Deus que, apesar disso, é um grande disco. Não tanto pela minha produção (que foi nula a nível de merecer méritos pelo resultado final) mas pela presença do talento do Sami em estado puro. Explicando melhor: o "Nem Lhe Tocava" é um disco de que se gosta não tanto por ser um disco completo, mas mais pelo facto de o Sami ser um artista a quem nada falta. Como era a primeira vez que as pessoas o ouviam, não tinham alternativa a render-se ao talento dele (isto também vai pela crítica de 5 estrelas que o João Miguel Tavares fez na Time Out, salientando o trabalho de produção - Johnny, foste generoso mas o crédito é do Sami!).

A música "Ao Tom Dela" continua a ser a música a que, mais flagrantemente, não foi feita justiça na produção do disco. O que as pessoas não sabem é que na sua forma original "Ao Tom Dela" era a música que, até à altura, o Sami tinha feito mais parecida com o Tony Carreira. Lembro-me de a estar a ouvir pela primeira vez na sala do primeiro piso da Igreja Baptista de São Domingos de Benfica e ver ali aquilo que o Tony sempre tinha sonhado fazer para si (porque o próprio Sami puxou da referência). Disto não tenho a certeza, mas arriscaria dizer que o Sami considerou meter a canção no reportório dos Ninivitas (a banda mais folk da FlorCaveira e que integrava quase toda a gente da editora).

Ora, no estúdio da Valentim eu, o Sami e o Nelson Carvalho andámos às aranhas com a canção e acabámos por gravá-la bem crua e mascará-la com efeitos de pós-produção (basicamente, sujá-la com distorção). Nunca fiquei contente com o resultado e ainda hoje gostava de a ver produzida decentemente. Portanto, confesso o meu pecado.

A segunda coisa é que é emocionante vê-la cantada no coração da cidade em jeito de hino local. Tirando o facto de estar lá uma guitarra com distorção (com solo e tudo) que deveria ter sido impedida de se aproximar mais do que 500 metros do palco, um engano na letra do Sami (recebido com carinho pelo público), e as camisolas do Tondela envergadas pelos cantores (feias a sério), o momento é muito bonito. Sei que é um bocado saloio da minha parte mas fiquei emocionado por sentir que, de alguma parte, aquilo também me diz respeito.

A terceira coisa é que provavelmente os Tondelenses não sabem mas a cidade deles tem muito significado na história do protestantismo português no geral e dos baptistas em Portugal. Os baptistas em Portugal têm de ter o coração a palpitar mais forte quando ouvem o nome de Viseu e Tondela a ser pronunciado. Ainda não sei perceber muito bem o porquê do cristianismo evangélico estar ligado à qualidade beirã, mas quero progredir nessa tarefa.

Ya, era isto. Sami, grande abraço!


terça-feira, julho 14, 2015

Três parágrafos em pirueta

É giro andar nisto do hedonismo cristão porque parece sempre subversivo a quem está de fora. Só pela combinação perigosa destas duas palavras (hedonismo + cristão) o Pr. John Piper deveria ter um busto em todas as igrejas evangélicas que se preocupem em pregar o evangelho dignamente. Essa é uma das coisas que os macambúzios não percebem na teologia reformada: o ar de austeridade é só fachada. Dentro de cada puritano está um louco que dança no púlpito. C. S Lewis percebeu bem isso quando escreveu: "Protestants are not ascetics but sensualists."

Ando a ler um livro magnífico chamado "The Things Of Earth" escrito por um miúdo de trinta e poucos anos (mais novo que eu!) chamado Joe Rigney. A determinada ele lembra que no evangelho a auto-negação é sempre acompanhada de desavergonhadas promessas de recompensa. Os cristãos não podem armar-se em choninhas nesta matéria. Negarmo-nos a nós próprios não é o produto final: o produto final é sermos recompensados por Deus alcançando uma comunhão fantástica com ele. A auto-negação é sempre um passo intermédio de subtracção para no fim termos a melhor soma de todas que é a nossa união com Cristo.

Às vezes os cristãos passam uma imagem de pessoas irritadas com as festas dos outros. Isso é um disparate. Os cristãos entristecem-se com as festas dos outros por elas serem tão ridiculamente tímidas comparadas com a festa cósmica que é a amizade esperneante com o Criador. Por isso o cristianismo é uma religião de paradoxos: mesmo quando se veste de preto dá bailarico aos cortejos coloridos dos pagãos. A eternidade vai ser passada à mesa, minha gente!


segunda-feira, julho 13, 2015

Ouvir
O descanso serve para, enquanto criaturas diferentes do Criador, sermos como ele. Para entender melhor o paradoxo podem ouvir aqui o sermão de ontem.


sexta-feira, julho 10, 2015

Andei de volta das Institutas e só depois reparei que hoje é dia de anos do Calvino
Ponho aqui o texto que escrevi há umas horas no blogue "Lendo as Institutas".



 Livro 2, Capítulo VIII (pontos 49 a 59) - o 10º Mandamento
 
No fecho dos Dez Mandamentos, Calvino mostra mais uma vez a sua estatura intelectual: não vale a pena tratar dos nossos pecados incidindo sobre o que fazem as nossas mãos se não formos à origem do problema no nosso coração. O resumo do “Não cobiçarás” pode então ser este: “Uma vez que o Senhor pretende que toda a nossa alma esteja cheia de amor, qualquer sentimento de uma natureza adversa deve ser banido.” Ou seja, o contrário da cobiça é o amor. A cobiça não se luta com menos coração mas com mais. A implicação é que não resistimos à cobiça adormecendo no nosso coração o afecto pelas coisas, mas resistimos à cobiça acordando o nosso coração para o tipo de afecto certo.

É a partir desta necessidade positiva de mais amor que compreendemos que não cobiçar implica também que desejemos o bem do nosso próximo. E, como a Parábola do Bom Samaritano nos ensinou, o nosso próximo é qualquer pessoa que nos cerca, independentemente de termos ou não afinidades com ela. “O Senhor ordenou previamente que a caridade deve regular os nossos desejos, estudos e acções, e agora ordena-nos para regularmos os pensamentos da mente da mesma maneira, para que nenhum deles se deprave ou distorça, dando à mente uma inclinação contrária.” Quando trata do problema da cobiça, Calvino canta “all you need is love”. E canta bem e com verdade bíblica.

Por consequência, segue que quando a nossa mente não tem o amor presente, facilmente se cativa com qualquer concupiscência. A palavra concupiscência pode parecer pesada mas no fundo traduz com clareza o custo de não nos unirmos ao amor de Deus. Esse custo é podermos ficar encantados com qualquer outro amor. A concupiscência é, no fim de contas, apaixonarmo-nos por outra coisa que não Deus. Uma mente bem organizada é uma mente que teimosamente se prende ao amor apenas.
Calvino aproveita para malhar na ordem incorrecta dos Dez Mandamento seguida pela Igreja Católica Romana, que retira o segundo mandamento (Não farás imagens de semelhança) e divide o décimo (não cobiçarás) em dois. Não é assim que o texto bíblico faz e a prova simples disso é a ordem seguida pelos judeus desde sempre, correspondente também à tradição reformada e protestante.

A importância de obedecermos aos mandamentos é a de o nosso carácter ser transformado para que possamos, com as nossas acções, exibir a imagem de Deus que ele colocou em nós. Fazermos bem não nos promove a nós mas, em último grau, promove a Deus. Os cristãos não fazem boas acções como os escuteiros, para provar que são bons. Os cristãos fazem boas acções para provar que Deus é bom. É também isto que significa sermos feitos à imagem de Deus. Logo, a Lei é um terreno bem prático que reflecte quem Deus é. Quando seguimos a Lei mostramos a qualidade do carácter de Deus.

As obrigações que a Lei nos deixa são para serem vistas sobretudo no modo como tratamos os outros. A primeira tábua dos Dez Mandamentos resume nos primeiros quatro os nossos deveres no relacionamento com Deus. A segunda tábua ilustra nos últimos seis mandamentos que, no modo como nos relacionamos com os outros, demonstramos o modo como nos relacionamos com Deus. Daí que a preferência seja abreviar toda a Lei de Deus no nosso comportamento em relação aos outros, podendo o Apóstolo Paulo escrever um texto como 1 Coríntios 13 onde a lógica é: amor ou morte. “A nossa vida será melhor enquadrada com a vontade de Deus, e com os requerimentos da sua Lei, quando ela é, em todos os aspectos, vantajosa para os nossos irmãos.”

Calvino considera então pertinente explicar que o amor-próprio não é um conselho mas uma referência. Ou seja, quando somos chamados a amar o nosso próximo como a nós mesmos não se deve depreender que a Bíblia está a chamar-nos a amar-nos a nós próprios. A Bíblia está simplesmente a constatar um facto. Nós naturalmente amamo-nos a nós próprios ao ponto de colocarmos os nossos interesses acima dos interesses dos outros. Quem é pai sabe que nunca precisou de ensinar os seus filhos a colocarem os seus interesses acima dos interesses dos outros - as crianças nascem a saberem fazê-lo espontaneamente. Deus chama o nosso amor-próprio para o assunto para que ele dê lugar a outro tipo de amor que é o amor pelo nosso próximo. Deus não aconselha o amor-próprio, Deus transforma-o em amor pelos outros.

O amor aos nossos inimigos é uma das consequências desta reorientação do amor-próprio. Na Bíblia o amor aos inimigos não é opcional. Somos chamados a amar os nossos inimigos como amamos os nossos amigos porque a questão não é o que é natural no nosso amor mas o que é sobrenatural no amor de Deus. Por fim, Calvino rejeita nos Escolásticos a tradição de separarem pecados veniais de pecados mortais, explicando que todos os pecados que praticamos são mortais porque suscitam a ira de Deus, a menos que aceitemos o sacrifício que o Filho dele fez em nosso lugar para pagar o prejuízo causado pela nossa rebelião.

quarta-feira, julho 08, 2015

Still


















Religião e punk rock. Still in 2015. With my main man Luís Gravito.

terça-feira, julho 07, 2015

Ouvir
Descansamos bem quando, nesse descanso, regressamos ao seu autor.
O sermão de Domingo passado, o primeiro numa série sobre o descanso, pode ser ouvido aqui.

sexta-feira, julho 03, 2015

Já está nas bancas
A Revista de Ler onde escrevo sobre a relação que há entre Cormac McCarthy e Ester. Goes like this:

O trabalho de Cormac não é dar-nos um mundo direito a pedido do leitor mas o mundo torto por falta de comparência divina. O facto de a malvadez andar sem rédeas nos actos das personagens talvez corresponda à religião possível dos que as lêem: podemos não acreditar em Deus mas, definitivamente, coisas destas ainda nos fazem sentir a utilidade do castigo.









quarta-feira, julho 01, 2015

Ouvir
Querer mais Deus é querer menos aquilo que não nos pertence. O último sermão sobre os 10 Mandamentos ("Não cobiçarás") pode ser ouvido aqui.