segunda-feira, abril 30, 2018
quarta-feira, abril 25, 2018
terça-feira, abril 24, 2018
Ouvir
O poder que está em causa quando nos relacionamos com Jesus não é os inimigos daqui que conseguimos vencer, mas a paz que devemos procurar com todos, até com aqueles que nos fazem a vida mais negra. Se quisermos simplificar mais, o verdadeiro poder de Jesus é a sua paz.
O sermão de Domingo passado, chamado "A paz é o poder dos poderes", pode ser ouvido aqui.
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O poder que está em causa quando nos relacionamos com Jesus não é os inimigos daqui que conseguimos vencer, mas a paz que devemos procurar com todos, até com aqueles que nos fazem a vida mais negra. Se quisermos simplificar mais, o verdadeiro poder de Jesus é a sua paz.
O sermão de Domingo passado, chamado "A paz é o poder dos poderes", pode ser ouvido aqui.
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terça-feira, abril 17, 2018
Os Piratas
Conversando acerca de "altar calls". Como é? Faz-se apelos para que as pessoas se convertam ou não? A presença do Franklin Graham foi o pretexto.
Conversando acerca de "altar calls". Como é? Faz-se apelos para que as pessoas se convertam ou não? A presença do Franklin Graham foi o pretexto.
terça-feira, abril 10, 2018
Ouvir
No tempo de agora, ser misericordioso não é ser bom tendo a garantia de a maldade ficar já resolvida; ser misericordioso é ser bom mesmo quando a maldade pode continuar. Geralmente queremos a justiça aqui e agora, garantindo que a maldade fica resolvida. Mas a misericórdia é a sobrevivência da bondade quando a maldade ainda está por resolver. Por isso mesmo, R. Govett dizia que a misericórdia é mais bem manifestada quando os maus estão no poder. Por isto tudo, ser misericordioso é o resultado de estar com fome e sede de justiça. Ainda não temos a justiça agora, mas a garantia de ela nos ser dada no futuro transforma-nos o carácter já.
O sermão de Domingo passado, chamado "Misericórdia é não desistir do bem na vitória do mal", pode ser ouvido aqui.
No tempo de agora, ser misericordioso não é ser bom tendo a garantia de a maldade ficar já resolvida; ser misericordioso é ser bom mesmo quando a maldade pode continuar. Geralmente queremos a justiça aqui e agora, garantindo que a maldade fica resolvida. Mas a misericórdia é a sobrevivência da bondade quando a maldade ainda está por resolver. Por isso mesmo, R. Govett dizia que a misericórdia é mais bem manifestada quando os maus estão no poder. Por isto tudo, ser misericordioso é o resultado de estar com fome e sede de justiça. Ainda não temos a justiça agora, mas a garantia de ela nos ser dada no futuro transforma-nos o carácter já.
O sermão de Domingo passado, chamado "Misericórdia é não desistir do bem na vitória do mal", pode ser ouvido aqui.
segunda-feira, abril 09, 2018
A capa do disco
Quando acabava a revisão deste livro de sermões, dei por mim a gravar oito canções que servem de acompanhamento musical para o livro (ou, como os miúdos dizem agora, de playlist). Este disco, com o mesmo título de "Milagres no Coração", é uma edição da FlorCaveira com a Valentim de Carvalho. Nele, o que se diz guia o que se toca, num registo despojado e sem artifícios - nu e cru.
Como a capa dá para mostrar, com a corajosa fotografia do Hugo Moura, este é um disco de chegada à (crise da) meia-idade. Este disco tentou ser o meu primeiro disco de louvor. Disco de louvor é no vocabulário de um cristão evangélico um disco de canções que directamente adoram Deus, canções essas que podem ser usadas num serviço de culto normal de uma igreja. Apesar de ser um cristão evangélico e um músico, nunca em 40 anos me apeteceu fazer um disco tão religioso, nesse sentido tão restrito. A questão é que, na tentativa de fazer um disco de louvor, rapidamente comecei a louvar de uma maneira que para muitos será considerada oblíqua. Comecei a louvar o Deus do Céu a partir das coisas da terra. Na verdade, não há qualquer heresia nisso, antes pelo contrário.
As canções são sobre filmes como o "Karate Kid", "Os Ladrões de Bicicletas" e "O Padrinho", sobre a série "Breaking Bad" e, vá lá, também vão ao Santo Agostinho, ao David Foster Wallace e o Jack, o estripador, um dos meus pavores nocturnos. É o meu estranho mas sincero tipo de worship music.
É bem diferente, a maior parte da música religiosa que gera números impressionantes na internet que, para mim, tem o efeito retro-activo de me cansar. De cada vez que tento ouvir os discos do 'worship' actual fico com a ideia de que sou pouco espiritual. As vozes lá parece que nasceram para cantar para Deus. Para mim não é bem assim. Para mim o louvor é uma luta. A minha necessidade de louvar é proporcional à dificuldade que sinto em fazê-lo. Mas também devo ser sincero e assumir que o custo que o louvor me pede me parece ser mais parecido com o louvor que encontro na Bíblia. Os salmistas das Escrituras parecem-me muito menos emo do que os cantores evangélicos americanos e brasileiros.
Por outro lado, no final de Dezembro de 2017 a minha audição estava quase exclusivamente dedicada a country e a hip-hop. Não pelo som propriamente dito, porque não suposto as lap-steel guitars dos cowboys nem o narcisismo dos rappers. Mas pela fixação na história pessoal, que o country assume descomplexadamente, e pela predominância da palavra, que o hip-hop conserva. Se adicionar a isto a libertação que foi conhecer nos últimos anos a música do Mark Kozelek, diria que este disco que gravei saiu deste encontro inesperado entre o acústico e o discurso directo.
Ao mostrar este disco a pessoa em quem confio pelo seu critério musical, tenho encontrado reacções diferentes. Uns aderem à primeira audição e outros questionam a pertinência destas canções. O facto de estarem a ler estas linhas significa que tenho teimado em acreditar nelas. Sinto necessidade de empregar a minha voz como empreguei a dizer as coisas que aqui disse. Trabalhei para retirar artifícios porque é mesmo isto que queria fazer (e foi a primeira vez que voltei a depender apenas de mim para gravar desde o IV há dez anos). Talvez este "Milagres no Coração" se resuma a uma espécie de semi-diário-musical-terapia de um ano que para mim foi especial. Eventualmente nem chega mesmo para se justificar enquanto disco. Mas o meu coração não consegue guardar para si estas coisas simples que, honestamente, tenho como milagres. Espero que contá-las assim sirva para alguma coisa também na vossa vida.
Sexta-feira está disponível nas lojas e nas plataformas digitais.
Quando acabava a revisão deste livro de sermões, dei por mim a gravar oito canções que servem de acompanhamento musical para o livro (ou, como os miúdos dizem agora, de playlist). Este disco, com o mesmo título de "Milagres no Coração", é uma edição da FlorCaveira com a Valentim de Carvalho. Nele, o que se diz guia o que se toca, num registo despojado e sem artifícios - nu e cru.
Como a capa dá para mostrar, com a corajosa fotografia do Hugo Moura, este é um disco de chegada à (crise da) meia-idade. Este disco tentou ser o meu primeiro disco de louvor. Disco de louvor é no vocabulário de um cristão evangélico um disco de canções que directamente adoram Deus, canções essas que podem ser usadas num serviço de culto normal de uma igreja. Apesar de ser um cristão evangélico e um músico, nunca em 40 anos me apeteceu fazer um disco tão religioso, nesse sentido tão restrito. A questão é que, na tentativa de fazer um disco de louvor, rapidamente comecei a louvar de uma maneira que para muitos será considerada oblíqua. Comecei a louvar o Deus do Céu a partir das coisas da terra. Na verdade, não há qualquer heresia nisso, antes pelo contrário.
As canções são sobre filmes como o "Karate Kid", "Os Ladrões de Bicicletas" e "O Padrinho", sobre a série "Breaking Bad" e, vá lá, também vão ao Santo Agostinho, ao David Foster Wallace e o Jack, o estripador, um dos meus pavores nocturnos. É o meu estranho mas sincero tipo de worship music.
É bem diferente, a maior parte da música religiosa que gera números impressionantes na internet que, para mim, tem o efeito retro-activo de me cansar. De cada vez que tento ouvir os discos do 'worship' actual fico com a ideia de que sou pouco espiritual. As vozes lá parece que nasceram para cantar para Deus. Para mim não é bem assim. Para mim o louvor é uma luta. A minha necessidade de louvar é proporcional à dificuldade que sinto em fazê-lo. Mas também devo ser sincero e assumir que o custo que o louvor me pede me parece ser mais parecido com o louvor que encontro na Bíblia. Os salmistas das Escrituras parecem-me muito menos emo do que os cantores evangélicos americanos e brasileiros.
Por outro lado, no final de Dezembro de 2017 a minha audição estava quase exclusivamente dedicada a country e a hip-hop. Não pelo som propriamente dito, porque não suposto as lap-steel guitars dos cowboys nem o narcisismo dos rappers. Mas pela fixação na história pessoal, que o country assume descomplexadamente, e pela predominância da palavra, que o hip-hop conserva. Se adicionar a isto a libertação que foi conhecer nos últimos anos a música do Mark Kozelek, diria que este disco que gravei saiu deste encontro inesperado entre o acústico e o discurso directo.
Ao mostrar este disco a pessoa em quem confio pelo seu critério musical, tenho encontrado reacções diferentes. Uns aderem à primeira audição e outros questionam a pertinência destas canções. O facto de estarem a ler estas linhas significa que tenho teimado em acreditar nelas. Sinto necessidade de empregar a minha voz como empreguei a dizer as coisas que aqui disse. Trabalhei para retirar artifícios porque é mesmo isto que queria fazer (e foi a primeira vez que voltei a depender apenas de mim para gravar desde o IV há dez anos). Talvez este "Milagres no Coração" se resuma a uma espécie de semi-diário-musical-terapia de um ano que para mim foi especial. Eventualmente nem chega mesmo para se justificar enquanto disco. Mas o meu coração não consegue guardar para si estas coisas simples que, honestamente, tenho como milagres. Espero que contá-las assim sirva para alguma coisa também na vossa vida.
Sexta-feira está disponível nas lojas e nas plataformas digitais.
sexta-feira, abril 06, 2018
Na frente musical
Videoclip novo feito pelo Hugo Moura e pelo Jónatas Luzia! Vejam, espalhem, e leiam o resto do texto.
Foi há dez anos que Tiago Guillul editou o seu "IV", que a Time Out descreve num texto sobre os discos da última década como um objecto sem o qual é "difícil conceber o que seria a música portuguesa" hoje, e "um fogo que continua a alastrar". A verdade é que o "IV" há muito saiu de circulação, esgotados os seus exemplares, mesmo na era de tudo encontrar na internet. Logo, e aproveitando a data redonda, em Setembro regressará finalmente a versão original do "IV", com uma comemoração aumentada por um disco em que velhos e novos companheiros o regravam (B Fachada, Jorge Cruz, Luís Severo, Benjamim, Filipe da Graça, entre muitos outros).
Durante a última década houve outras coisas que ocuparam o Tiago: uma delas, escrever. Afortunadamente, chega na próxima sexta-feira 13 de Abril o seu quinto livro, "Milagres no Coração", edição da Quetzal. Nele, coleccionam-se 24 sermões ao redor do evangelho de Marcos. Como a palavra tende a ser irrequieta, quando o Tiago acabava a revisão deste livro, deu por si a gravar oito canções que servem de acompanhamento musical para o livro (ou, como os miúdos dizem agora, de playlist). Este disco, com o mesmo título de "Milagres no Coração", é uma edição da FlorCaveira com a Valentim de Carvalho. Nele, o que se diz guia o que se toca, num registo despojado e sem artifícios - nu e cru. Também por isso, vem assinado por Tiago Cavaco.
A festa do Guillul está para breve, mas enquanto não chega, há "Milagres no Coração" para serem ouvidos em semi-silêncio.
Videoclip novo feito pelo Hugo Moura e pelo Jónatas Luzia! Vejam, espalhem, e leiam o resto do texto.
Foi há dez anos que Tiago Guillul editou o seu "IV", que a Time Out descreve num texto sobre os discos da última década como um objecto sem o qual é "difícil conceber o que seria a música portuguesa" hoje, e "um fogo que continua a alastrar". A verdade é que o "IV" há muito saiu de circulação, esgotados os seus exemplares, mesmo na era de tudo encontrar na internet. Logo, e aproveitando a data redonda, em Setembro regressará finalmente a versão original do "IV", com uma comemoração aumentada por um disco em que velhos e novos companheiros o regravam (B Fachada, Jorge Cruz, Luís Severo, Benjamim, Filipe da Graça, entre muitos outros).
Durante a última década houve outras coisas que ocuparam o Tiago: uma delas, escrever. Afortunadamente, chega na próxima sexta-feira 13 de Abril o seu quinto livro, "Milagres no Coração", edição da Quetzal. Nele, coleccionam-se 24 sermões ao redor do evangelho de Marcos. Como a palavra tende a ser irrequieta, quando o Tiago acabava a revisão deste livro, deu por si a gravar oito canções que servem de acompanhamento musical para o livro (ou, como os miúdos dizem agora, de playlist). Este disco, com o mesmo título de "Milagres no Coração", é uma edição da FlorCaveira com a Valentim de Carvalho. Nele, o que se diz guia o que se toca, num registo despojado e sem artifícios - nu e cru. Também por isso, vem assinado por Tiago Cavaco.
A festa do Guillul está para breve, mas enquanto não chega, há "Milagres no Coração" para serem ouvidos em semi-silêncio.
quinta-feira, abril 05, 2018
Novidade
Há uma novidade que quero partilhar convosco. Dentro de uma semana (sexta 13 de Abril) sai o meu novo livro "Milagres no Coração". Há várias coisas que, com o lançamento dele, me deixam feliz.
1. O livro colecciona 24 de sermões ao redor do Evangelho de Marcos que preguei há perto de 7 anos. Ao rever esse material, lembrei a bênção de uma época em que éramos menos, e que me inspirou agora, numa época em que somos mais. O que interessa não é a quantidade das pessoas a quem pregamos mas a qualidade que está na palavra pregada.
2. Às vezes é preciso esperar alguns anos para entender os assuntos principais de sermões que pregámos. Foi o caso agora. Cheguei ao título "Milagres no Coração" em 2017 e não conseguiria fazer o mesmo em 2011 ou 2012. A palavra é como o vinho do Porto, recorrendo à ilustração mais imediata que me ocorre.
3. A capa é uma maravilha saída das mãos do Rui Rodrigues e o prefácio é do Ricardo Araújo Pereira.
4. Numa nota mais para os nerds literários, este é o meu primeiro lançamento pela Quetzal. Isso significa que o livro estará mais disponível do que os anteriores, fazendo parte do grupo editorial mais antigo do país - a Bertrand. Também quer dizer que agora sou colega de escritores que admiro como o Bruno Vieira Amaral, o Tolentino Mendonça e o João Leal, entre outros, e que o meu editor é o Francisco José Viegas, um velho companheiro. E ainda tenho o privilégio de trabalhar com a Djaimilia Pereira de Almeida. Desculpem a nota croma, mas é honesta.
5. Como a palavra é irrequieta, quando revia este livro acabei de volta de umas canções que sairão como companhia musical, na forma de um disco editado pela FlorCaveira e a Valentim de Carvalho (com o mesmo título).
Amanhã dou mais novidades. Espero que possam partilhar alguma da felicidade que sinto com estes "Milagres no Coração".
P.S. Ainda não há estimativa de data de edição no Brasil mas, com a ajuda de Deus, vai ter de acontecer depressa!
Há uma novidade que quero partilhar convosco. Dentro de uma semana (sexta 13 de Abril) sai o meu novo livro "Milagres no Coração". Há várias coisas que, com o lançamento dele, me deixam feliz.
1. O livro colecciona 24 de sermões ao redor do Evangelho de Marcos que preguei há perto de 7 anos. Ao rever esse material, lembrei a bênção de uma época em que éramos menos, e que me inspirou agora, numa época em que somos mais. O que interessa não é a quantidade das pessoas a quem pregamos mas a qualidade que está na palavra pregada.
2. Às vezes é preciso esperar alguns anos para entender os assuntos principais de sermões que pregámos. Foi o caso agora. Cheguei ao título "Milagres no Coração" em 2017 e não conseguiria fazer o mesmo em 2011 ou 2012. A palavra é como o vinho do Porto, recorrendo à ilustração mais imediata que me ocorre.
3. A capa é uma maravilha saída das mãos do Rui Rodrigues e o prefácio é do Ricardo Araújo Pereira.
4. Numa nota mais para os nerds literários, este é o meu primeiro lançamento pela Quetzal. Isso significa que o livro estará mais disponível do que os anteriores, fazendo parte do grupo editorial mais antigo do país - a Bertrand. Também quer dizer que agora sou colega de escritores que admiro como o Bruno Vieira Amaral, o Tolentino Mendonça e o João Leal, entre outros, e que o meu editor é o Francisco José Viegas, um velho companheiro. E ainda tenho o privilégio de trabalhar com a Djaimilia Pereira de Almeida. Desculpem a nota croma, mas é honesta.
5. Como a palavra é irrequieta, quando revia este livro acabei de volta de umas canções que sairão como companhia musical, na forma de um disco editado pela FlorCaveira e a Valentim de Carvalho (com o mesmo título).
Amanhã dou mais novidades. Espero que possam partilhar alguma da felicidade que sinto com estes "Milagres no Coração".
P.S. Ainda não há estimativa de data de edição no Brasil mas, com a ajuda de Deus, vai ter de acontecer depressa!
quarta-feira, abril 04, 2018
Ouvir (e ver!)
A justiça para hoje para nós tende a ser uma via de sentido único, em que o que interessa é como o mal de fora provoca estragos cá dentro, ao passo que a justiça de Jesus tem duas faixas de rodagem, em que este sentido existe, mas o outro também, em que o mal de dentro provoca estragos lá fora.
O sermão pascal de Domingo passado pode ser ouvido (e visto!) aqui.
A justiça para hoje para nós tende a ser uma via de sentido único, em que o que interessa é como o mal de fora provoca estragos cá dentro, ao passo que a justiça de Jesus tem duas faixas de rodagem, em que este sentido existe, mas o outro também, em que o mal de dentro provoca estragos lá fora.
O sermão pascal de Domingo passado pode ser ouvido (e visto!) aqui.