Toca Xutos
Tenho um som novo. Chama-se “Toca Xutos” e tem o Héber Marques, o Tiago Bettencourt, os Lacraus e a minha filha mais velha, a Maria Cavaco. Apesar de inevitavelmente homenagear a maior banda de rock de Portugal, os Xutos & Pontapés, o que está em causa é a amizade. É uma canção acerca do milagre de encontrarmos um povo a que pertencemos enquanto tentamos dar a volta por cima.
Para os ouvintes brasileiros, é provável que um título como “Toca Xutos” pareça estranho. Mas “toca Xutos” é uma frase que funciona como um “amém” quando o culto que é um concerto de rock fica quente—se os Xutos & Pontapés são a maior banda de Portugal, sugerir que se toque uma canção deles é fazer de um concerto comunhão. E, numa época em que o rock parece uma religião de velhos, esta canção quer manter viçoso o melhor do passado. O futuro também é isso, afinal.
Bandanas vermelhas e livros do C. S. Lewis: é isso que interessa. Toca Xutos, que o teu povo está aqui!