quinta-feira, agosto 26, 2021

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O sermão de Domingo passado, que pergunta "A tua é uma Igreja-fantasma?", pode ser ouvido aqui (e no Spotify).

terça-feira, agosto 24, 2021

A tua é uma Igreja fantasma?

sexta-feira, agosto 06, 2021

"Clickbait" dos Punhais


A canção é rápida como rapidamente acontecem as coisas que prometem mais do que dão. Mas aqui a vantagem é que o tédio não tem hipótese de se instalar: num minuto e meio há tempo para mosh pit, refrão melódico e finalzinho trap xunga. O videoclip que acompanha o “Clickbait” foi realizado pelo Wesley Ferreira em homenagem ao “This is the end of the world as we know it” dos R.E.M.

quinta-feira, agosto 05, 2021

Quando timidez é intimidação

O sermão passado, em que preguei acerca de orarmos mais e melhor, suscitou perguntas sobretudo acerca da maior exuberância na oração que recomendei. Diria que a nossa tendência é olharmos para o assunto a partir daquilo que nos parece ser a nossa personalidade, e consequentemente apreciar a possibilidade de aderirmos ou não a expressões de oração mais “físicas” ou a mais “améns” pronunciados em voz alta no culto. Mas em vez de prolongar teorias temperamentais prefiro lembrar um texto que, não sendo acerca de exuberância na oração, é, em Marcos 5:40, acerca da timidez da fé.

No meio de uma tempestade no mar, os discípulos num barco à mercê da intempérie e na aparente indiferença do Mestre que descaradamente dorme, perguntam a Jesus se ele não se importa com a morte deles. E esta é uma das questões da nossa vida: se passarmos mal, e passarmos mal ao ponto de podermos morrer, Deus importa-se com isso ou não?

Jesus responde: “Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé?” Para ser sincero, esta resposta de Jesus sempre me pareceu, à primeira vista, cruel. Se a vida parece que nos vai engolir, como é que Deus pode fazer pouco do pânico que isso nos causa? É óbvio que uma tempestade no mar nos intimida—como é que Jesus, que é Deus feito homem, não empatiza com isso? Por que é que a Bíblia implica com a intimidação que sentimos (tímido está ligado a intimidado) e não com o perigo do mar e do vento?

A bom rigor, Jesus repreendeu o vento e o mar e, de facto, a tempestade terminou. Mas a melhor ajuda que Cristo pode dar aos que o seguem não é interromper-lhes tempestades mas interpelar-lhes a timidez. Se, enquanto cristãos, nos falta o poder de mandar no que nos assusta, podemos pelo menos reconhecer o poder que o susto tem sobre nós. E, ironicamente, a maior lição é aprendida naquela ocasião da maneira mais involuntária: o medo que os discípulos sentiram da tempestade deslocou-se agora para o medo daquele que repentinamente mandou nela (v. 41). Hoje temos medo de ter medo mas temer Deus é o segredo para não temer mais coisa nenhuma.

Esta digressão pelo mar pode também terminar no modo como oramos. Até que ponto é que as nossas orações não são tímidas porque são intimidadas? Neste sentido, quero acreditar e sugerir que a exuberância, mais do que avaliada em gestos ou decibéis, é uma questão de confiança. Afinal, quem me cala quando realmente confio? Se comigo for no barco que atravessa a tempestade aquele “a quem vento e mar obedecem”, será que não posso verbalizar essa presença um pouco melhor? Dá para pedir um amém ou é demais?

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O sermão de Domingo passado, chamado "Mais Jesus é mais oração", pode ser ouvido aqui (ou no Spotify).

segunda-feira, agosto 02, 2021

Tudo que fazes sem oração é sempre demasiado pouco