Religiões juntas pela Paz I
Tentando responder ao desafio colocado pelo Pedro Mexia... Concerteza que o Calvino não era um "pacifista", sabendo nós que pôs Genebra
na linha. No entanto, e para nossa desgraça, as igrejas tradicionalmente mais ligadas à Reforma (metodistas, presbiterianos, anglicanos...) estão hoje mais interessadas na nobre causa do ecumenismo do que continuar o projecto de uma igreja em permanente reforma segundo a inspiração dos evangelhos. É óbvio que os únicos bons ecuménicos são os católicos, porque não arredam pé do seu credo. Na sua maioria, o movimento dos
somos-todos-amigos é uma espécie de boa vontade colectiva, com travo humanista. Quem sabe uma espécie de actualização do marxismo? A igreja desembaraçou-se do Evangelho em tudo aquilo que ele é violento. Deus deixou de ser divino, o sobrenatural domesticou-se, Jesus é mais um no Olimpo do espiritualmente correcto. Os evangélicos, frequentemente obtusos, são salvos pela sua estreiteza de horizontes - rejeitam, na sua generalidade, o ecumenismo. Por acréscimo, não se sentam na mesa do
cristianismo de esquerda dos restantes. Tantas vezes são uns brutos. O que é bem visível nos Estados Unidos e no Brasil. Mas nestas besteiras de orações
tudo-ao-molho-e-fé-em-Deus é difícil serem localizados.