Barreiro Rock CityNão levarão a mal se vos confessar que tenho escassa paciência para festivais. Os festivais são na maior parte das vezes um alibi corporativo para vender cerveja à adolescência e os Céus sabem que já tive a minha conta de cerveja e adolescência (drinking sucks, como diziam as t-shirts dos meus amigos que eram straights nos anos noventa e que agora amoleceram, e os adolescentes, com alguma eslasticidade teológica aqui, suckam razoavelmente também). Posto isto, deixem-me falar do Melhor Festival Português (tudo com maiúsculas). O Barreiro Rocks, concerteza. Há 10 anos que o Nick e mais um pequeno exército combate o bom combate (palavras do Apóstolo Paulo, para os distraídos com o pleonasmo), contra tudo e contra todos. O esquema tem sido parecido com convidar as bandas estrangeiras mais vitaminadas da actualidade roque e a invenção, por parte deles mesmos que organizam, de mais umas quantas que possam compôr o menu. Não tendo sido o mais assíduo dos frequentadores (só lá estive uma vez), assumo o meu engajamento político na causa: quando acabar o Barreiro Rocks podem pegar em todos os outros Festivais (mesmo os que transpiram de aparente pedigree indie, exceptuando o Milhões de Festa que também é do Bem) e adormecê-los ao ritmo cálido do Hades. Na Eternidade não há Roque-Enrole mas podem crer que os bons soldados serão recompensados.
Sexta-feira estamos lá, permitindo Deus.